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Isis Borge

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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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Como é a carreira do headhunter?

Nenhuma criança diz que quer ser recrutadora quando crescer, mas a profissão tem vários pontos positivos

Por Isis Borge
17 jan 2020, 12h14
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  • Um recrutador precisa conhecer a trajetória de diversos profissionais para, assim, oferecer as oportunidades de trabalho mais compatíveis para cada um deles. No entanto, poucas são as pessoas que conhecem as histórias de carreira dos headhunters. Por isso, resolvi compartilhar a minha trajetória. 

    Desde pequena tinha vontade de fazer algo que pudesse impactar o mundo . Quando criança, cogitei ser astronauta ou cientista. Pela facilidade em exatas, aplicando para engenharia e me tornei engenheira mecânica — uma das poucas mulheres sobreviventes de um curso que, na época, era ainda mais dominado pelos homens.

    Ao longo da graduação, decidi me arriscar e trabalhar com carros, a paixão de muitos dos engenheiros que estudavam comigo. Consegui um estágio na área de Qualidade da Ford, em São Bernardo do Campo (SP). Depois, comecei a atuar também com Manufatura e, mais para frente, migrei para a área de Engenharia de Produtos dentro da General Motors, que na época estava expandindo o seu centro de tecnologia.

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    Os anos se passaram e percebi que apesar de atuar bem nos pilares da engenharia, a parte que mais me motivava no meu trabalho eram as reuniões, as trocas com as pessoas e suas histórias de vida.

    Nesse período, eu também atuava inconscientemente como uma headhunter de plantão de muitos amigos que tinham se formado comigo, apresentando-os nas empresas pelas quais passei e consegui emprego para muita gente nessa época.

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    Em um determinado momento, veio o questionamento: será que esse era o caminho certo dentro do meu propósito de vida? Eu amava conviver com toda aquela tecnologia, reuniões com times globais, contatos com pessoas brilhantes, mas por vezes eu me questionava se poderia fazer algo que impactasse de forma positiva a vida das pessoas.

    Até que recebi um convite para um processo seletivo para ir para uma terceira montadora. Nesse momento, eu refleti: “não quero ir para uma empresa concorrente fazer a mesma coisa. Quero fazer algo realmente diferente”.

    Declinei o processo, mas me chamou atenção o papel das pessoas com as quais eu tive contato durante a seleção. Então, de repente, me veio uma luz: “Era isso! Eu quero ser headhunter!”.

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    A partir do momento que decidi trilhar esse caminho, comecei a pesquisar. Quanto  mais eu lia, mais me interessava pelo assunto. Então, pedi demissão da montadora para me tornar headhunter.

    Em um primeiro momento, eu recrutava apenas engenheiros, mas com o tempo fui aprendendo a recrutar para mais áreas e hoje, quase nove anos depois, tenho certeza de uma coisa, eu nasci para ser headhunter.

    Pena que não ensinam as crianças que existe essa oportunidade de carreira, eu pelo menos nunca ouvi nenhuma dizendo “eu quero ser headhunter quando eu crescer”. A sensação de conseguir empregar alguém é indescritível, a alegria de dar a notícia que o profissional foi contratado é única.

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    Hoje atuo na Talenses, consultoria de recrutamento para média e alta gerência. Com o tempo, a agenda vai ficando cheia e fica difícil conseguir aceitar todos os mil pedidos de cafés que surgem durante a semana.

    Por isso, encontrei na escrita uma forma de ajudar e compartilhar o que eu aprendo todos os dias na montanha russa do nosso mercado brasileiro. Como tenho o privilégio de ter acesso a muitas informações e a histórias de vidas inspiradoras, meu propósito é ajudar  o maior número de pessoas possível. 

    Toda semana, vou dividir, aqui na VOCÊ S/A, um pouco do meu olhar sobre o mercado, sobre os processos seletivos e as trilhas de carreira e de vida. Vamos, juntos, crescer em nossa jornada profissional. 

    O que funciona nas dinâmicas de grupo – e o que é perda de tempo
    (Divulgação/VOCÊ S/A)
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