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Isis Borge

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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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Três bons motivos para contratar mães

Muitas empresas não enxergam o real valor de uma mulher que decide ser mãe e permanecer no mercado de trabalho

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
28 abr 2023, 07h02
Uma mulher está sentada, em frente a um computador. Ela está sendo abraçada por sua filha, que é criança
 (Pexels/Ketut Subiyanto/Divulgação)
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E

stamos próximos do Dia das Mães. Há bastante mídia e estímulo ao consumo em torno do tema. Alguns dados chegam a apontar a data como uma das principais do país para o faturamento do comércio. É triste, porém, ver que ainda existem tantos preconceitos no mundo corporativo quando o assunto é a capacidade profissional das protagonistas da data.

Eu tenho três filhos com 2, 4 e 8 anos de idade. Vejo, com frequência, as pessoas surpreendidas ao notarem que consigo conciliar de uma forma saudável o meu trabalho e o meu papel de mãe. Tenho ao meu redor exemplos de muitas mulheres que são incríveis e inspiradoras na conciliação de suas diferentes funções dentro e fora de casa.

Infelizmente, com frequência, ainda me deparo com organizações que não enxergam o real valor de uma mulher que decide ser mãe e permanecer no mercado de trabalho. É comum, por exemplo, durante o processo para o preenchimento de uma posição, eu notar um preconceito velado por parte do empregador com as candidatas que, no processo seletivo, expressam a vontade de serem mães ou revelam terem filhos pequenos.

Estigmas comuns que rodeiam a maternidade

Acredito que esse preconceito persiste, em grande parte, porque há o estigma de que essas mulheres faltarão mais do que outras, seja por questões relacionadas à gravidez, seja pelo cuidado com a criança. Alguns empregadores ainda acreditam que uma área não pode suportar a ausência de uma profissional no período de licença-maternidade, que pode durar até sete meses, dependendo da política da empresa.

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Por que as empresas deveriam rever esse preconceito

Uma mulher não precisa ser mãe para se tornar uma profissional mais competente. Ter um filho ou não é uma escolha pessoal, totalmente legítima e não merece interferência ou opinião externa. Mas, como essa reflexão é focada em mães, permitam-me indicar bons motivos para contratá-las:

1. Com a maternidade, as mulheres tendem a amadurecer como pessoas e profissionais

Entre aquelas que optam por ter um filho, noto que, a partir da chegada da criança, nasce uma mulher mais guerreira, disposta a fazer tudo da melhor forma para inspirar o filho e garantir o sustento dessa criança. Elas também costumam elevar seu comprometimento e a sua organização para dar conta das duas funções com o mínimo de sobrecarga possível.

2. No cuidado com a criança, elas desenvolvem ou aprimoram habilidades importantes para a o dia a dia da empresa

Após se tornarem mães, em geral as mulheres agregam ao dia a dia da empresa algumas habilidades que desenvolvem ou aprimoram no cuidado com a criança. Em geral, elas costumam ter um olhar bastante atento a temas de ESG, já que desejam deixar um mundo melhor para seus próprios filhos. Elas costumam ser focadas, rápidas e multitarefas, pois o dia a dia com uma criança exige esse dinamismo. Tendem a ser empáticas, acolhedoras, cuidadosas e gentis, mas sem deixar de oferecer feedbacks sinceros e certeiros, uma vez que dedicam horas da vida a educar e liderar outro ser. Também são boas em avaliar algo ou alguém além da superfície, identificar melhor as emoções e os cenários em torno de uma situação.

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3. Muitas estão verdadeiramente dispostas a enfrentar esse desafio de conciliar funções

Algumas mulheres optam por deixar o mercado de trabalho para vivenciar plenamente a maternidade, e está tudo bem com essa decisão. São escolhas pessoais. Mas a verdade é que muitas deixam a empresa depois de terem um filho por não se sentirem acolhidas no ambiente corporativo. Outras simplesmente são desligadas depois do período de licença-maternidade, o que é bastante cruel, pois, normalmente, para voltar ao trabalho aquela mulher se organizou adaptando o bebê em uma escolinha ou contratando alguém para cuidar da criança. Já soube de mulheres que, inclusive, anteciparam o processo de introdução alimentar do bebê para estarem prontas para esse retorno à empresa. Ou seja, muitas nem têm chance de provar ao empregador que são capazes de conciliar os dois papéis. E, depois dessa saída voluntária ou por meio de demissão, voltam a sofrer preconceito para se recolocar.

Uma sugestão: contrate pessoas pensando no longo prazo

Por mais que o mercado de trabalho seja dinâmico, ao contratar alguém, o desejo do empregador é firmar uma parceria longa com a pessoa. Se você, como gestor, concorda com esse pensamento, te convido a se abrir também para a seguinte ideia: considerando uma possível longa jornada de contribuição da colaboradora à empresa, períodos de ausências justificadas podem representar pouco no todo da relação de parceria com essa profissional.

Na minha experiência como gestora e no contato diário com profissionais que estão em busca de recolocação ou movimentação na carreira, noto que, no saldo, homens e mulheres sem filhos se ausentam do trabalho tanto quanto as mães que têm a oportunidade de permanecer no mercado. Por isso, precisamos combater esse preconceito que existe no mundo corporativo e dar chance às mulheres que querem ser ou já são mães.

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