olaboração não é uma competência do século 21, e sim atemporal. Da mesma forma que foi essencial no passado, quando humanos tiveram que colaborar na era caçador-coletor, também o será no futuro. Mas por que, nas organizações, ainda revivemos o modo escolar de trabalho em grupo: cada um faz sua parte — uns menos, outros mais —, mas as pessoas não se sentem reconhecidas, mesmo “tirando a mesma nota”? Por que, quando uma ideia inovadora depende de muitas pessoas, alguém parece carregar o piano enquanto outros querem apenas o holofote? Qual o motivo de uma ideia que se transforma em projeto esbarrar em mil e uma burocracias de outras áreas de interface?
Como bem afirma Elisama Santos: “Seguimos plantando limões, sonhando em colher doces e suculentas melancias”. Para plantar melancias e, enfim, colaborar, precisamos:
1. Assumir a responsabilidade compartilhada pelo trabalho colaborativo, e valorizar a contribuição individual de cada pessoa envolvida;
2. Desenvolver a capacidade de nos relacionar respeitosa e empaticamente para criar em conjunto;
3. Exercitar flexibilidade e predisposição para ajudar a fazer o que for necessário a um objetivo comum;
4. Ter consciência de que a inteligência ocorre não apenas dentro da nossa própria mente, mas entre nós (palavras das incríveis Dawna Markova e Angie McArthur).
Essas atitudes e atos dependem fortemente de um ambiente que propicie segurança psicológica, que valorize vozes diversas e permita o diálogo genuíno entre as pessoas, que favoreça a composição de diferentes saberes com espaço para o erro e para a vulnerabilidade.
Um desafio e tanto, não é mesmo? Mas um grande convite para que as equipes e as organizações passem a centrar as ações em gestão do conhecimento e aprendizagem.
Uma máxima usada por Isabela Ceccato, em “O Poder da Colaboração”, é inspiradora para começar a plantar e semear a colaboração: “Se alguém colaborar com você, revide”. Experimente ser a pessoa que começa uma atitude mais colaborativa e também a que revida.
Afinal, Einstein já nos dizia “não há maior sinal de loucura do que fazer a mesma coisa repetidamente e esperar cada vez um resultado diferente”