Com IA, plataforma vai montar passo a passo para desenvolvimento de carreira
Solução B2B estará disponível em janeiro de 2024. Ela é produto da startup Galena, que adquiriu a Edupass e está se reposicionando no mercado.
Você quer começar uma nova etapa na sua carreira. Alcançar determinada posição na empresa em que trabalha ou fazer uma transição. Então, acessa uma plataforma de desenvolvimento, indica sua meta e recebe um passo a passo gerado por inteligência artificial que, baseada no seu perfil, mapeou as habilidades que precisa desenvolver – e deu uma lista de cursos para tal.
Assim vai funcionar o novo produto da Galena, com lançamento previsto para janeiro de 2024. Ele é resultado de um reposicionamento da startup no mercado – que acaba de adquirir outra, a Edupass, um marketplace de cursos e treinamentos. A expectativa é atingir 500 mil usuários em um ano, em parceria com 300 empresas.
“Nós estamos tentando criar uma ferramenta de aconselhamento organizado para ajudar as pessoas a tomarem decisões baseadas na carreira delas”, afirma Guilherme Luz, CEO e cofundador da Galena. Ele conta que já há planos para versões futuras da plataforma, em que será possível conectar usuários que estão passando (ou já passaram) pelo mesmo caminho de desenvolvimento.
Trata-se de uma solução B2B, porque é um produto a ser comprado por empresas e fornecido aos colaboradores, que terão acesso aos cursos da Edupass com desconto ou sem pagar nada – a não ser, claro, em casos de graduação ou pós-graduação.
Antes da fusão
Em 2021, a Galena surgiu com o objetivo de ajudar jovens recém-saídos do ensino médio, vindos de escolas públicas, a entrarem no mercado de trabalho. O produto inicial era uma plataforma que guiava, ao longo de quatro meses, o desenvolvimento de competências – de soft skills a conhecimentos básicos de vendas e atendimento ao cliente.
“O modelo funcionou bastante do ponto de vista educacional”, diz Luz, que acredita que a plataforma apresentava essencialmente o que um jovem precisa saber para ter sucesso no primeiro ano de trabalho. 500 pessoas completaram o treinamento – destas, 350 entraram em empresas parceiras da plataforma.
“Mas tivemos que mudar porque o modelo econômico não parou de pé.” Um aspecto essencial da proposta da startup era fornecer um produto barato, acessível aos jovens estudantes. Os fundadores, entretanto, não encontraram empresas parceiras que dessem o suporte financeiro necessário de maneira constante.
Para Luz, a proposta de negócio chegou cedo demais. “Com o tempo, as companhias terão consciência de que é necessário formar não só quem já está dentro, mas também as pessoas que eventualmente querem começar uma jornada lá.”
Assim veio a ideia de adquirir a Edupass e se transformar em uma solução B2B – sem tirar do foco quem está estudando.