Mulheres ganham 21% menos que os homens, segundo dados do IBGE. Em cargos de liderança, o número piora: os salários são 78% menores. O problema, claro, não é só a disparidade salarial. Segundo dados da Think Eva, consultoria para equidade de gênero, 47,12% das mulheres já sofreram assédio sexual no escritório.
Para apoiar empresas no processo de promover o equilíbrio entre gêneros no mundo corporativo, a diretora da Think Eva, Nana Lima, indica quatro ações fundamentais. Confira:
1. Conscientização sobre desigualdade
O Fórum Econômico Mundial estima que levaremos mais de 135 anos para que homens e mulheres alcancem o mesmo patamar na economia, na política e na educação. Para conscientizar seus colaboradores sobre essa realidade, as empresas podem investir em oficinas e formações sobre o tema.
2. Investir na saúde mental
45% das mulheres brasileiras relatam diagnósticos de ansiedade, depressão ou transtornos mentais, segundo um relatório do Lab Think Olga publicado em 2023. Outro levantamento, realizado pela Conexa em parceria com o Zenklub, mostrou que 62% das mulheres afirmam estar exaustas, contra 53% dos homens.
Por isso, a diretora da Think Eva defende que as empresas devem buscar fortalecer a saúde mental feminina, estudando políticas, benefícios e outros caminhos institucionais que possam ajudá-las.
3. Garantir a autonomia delas
Isso seria essencial para promover crescimento pessoal e profissional para todas as mulheres. No mundo corporativo, isso se dá com políticas que permitam maior autonomia às colaboradoras, rotinas de trabalho mais flexíveis, licenças de parentalidade que contemplem a dos homens também, entre outros.
4. Trazer os homens para a discussão
Um mercado de trabalho justo e igualitário depende do envolvimento de todos. Para que eles sejam aliados de suas colegas nesse assunto, é fundamental apresentar as barreiras impostas às mulheres no mercado de trabalho – e dados como os citados neste texto.