Cai o número de mulheres contratadas para liderar durante a pandemia
Pesquisa do LinkedIn revela que há um regresso de um a dois anos no índice de recrutamento de mulheres para cargos de gestão sênior. Entenda
A pandemia tem afetado negativamente as carreiras das mulheres no Brasil. De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no último trimestre de 2020, a participação das mulheres no mercado de trabalho era de 45,8% – o índice mais baixo desde 1990. Sobrecarga de trabalho doméstico e profissional e atuação em setores que sofreram muito com a crise da covid-19 são algumas das explicações para esse índice.
E agora outra pesquisa traz um dado também alarmante: a contratação de mulheres para cargos de lideranças caiu durante a pandemia. O levantamento, feito pela rede social LinkedIn, revela que há um regresso de um a dois anos no índice de recrutamento de mulheres líderes. Segundo o Relatório Global de Gênero do Fórum Econômico Mundial, serão necessários 69 anos para solucionar a igualdade de gênero na América Latina.
Para analisar a carreira feminina, o LinkedIn mapeou 99 empregos com alta demanda em 20 economias, inclusive o Brasil. Quatro áreas aumentaram a proporção de mulheres contratadas para cargos de gestão sênior: software e serviços de TI, serviços financeiros, saúde e manufatura. As que tiveram as quedas mais acentuadas foram: recreação e viagens, varejo, educação e serviços profissionais.
O LinkedIn também aponta que, mundialmente, mulheres se candidataram a 11% menos empregos no ano passado em comparação com os homens. De acordo com elas, a falta de networking é o maior obstáculo. Aparecem ainda fatores como falta de experiência e habilidades, além de competitividade do mercado.
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