Black Friday: assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Dinheiro ou propósito? Saiba como diferentes gerações encaram o trabalho

Com várias gerações convivendo, as empresas precisam conhecer as motivações de cada uma delas. Pesquisa revela quais são as necessidades dos X, Y e Z

Por Hanna Oliveira
Atualizado em 12 fev 2021, 12h20 - Publicado em 12 fev 2021, 08h00
Quatro profissionais de diferentes gerações aparecem trabalhando juntos em um mesmo computador.
 (Andrea Piacquadio/Pexel/Divulgação)
Continua após publicidade

Entre os vários desafios de gestão de pessoas, um dos mais complexos é lidar com as diferentes gerações. Hoje, todas as empresas têm, pelo menos, três delas convivendo no ambiente de trabalho: os X (nascidos entre 1961 e 1980), os Y (nascidos entre 1981 e 2000) e os Z (nascidos a partir de 2001). E é daí que nascem os desafios das empresas em saber lidar com anseios e leituras tão diferentes sobre trabalho e atuação profissional.

Foi tentando se aprofundar nessas questões que o Grupo Consumateca, consultoria de pesquisa e inovação, realizou a pesquisa Businez Plan, que revelou aspectos importantes sobre o perfil profissional de cada uma dessas gerações e entrevistou 2.000 pessoas em todo o Brasil.

Com 60% dos respondentes da geração Z afirmando que o trabalho é uma maneira de manter a estabilidade financeira, muito mais do que uma fonte de realização pessoal, é possível ver um contraponto significativo à visão da geração Y (ou Millennials), que querem um emprego que tenha mais relação com sua identidade, segundo Marina Roale, Head de pesquisa do Grupo Consumoteca: “O cenário geral é de frustração do Millennium. Eles se prepararam, foram atrás do mentor, só que o tempo foi passando e nem todo mundo teve a compensação financeira que esperava”, explica.

 

 

A geração Y viu seus pais, muitos deles parte da geração X, com estabilidade no trabalho, trabalhando toda a vida na mesma companhia, com valores sólidos e estabelecidos. Por essas condições de vida, tiveram reforço positivo sobre as possibilidades do que poderiam realizar no mundo e acabaram ligando o trabalho a um propósito: “Hoje entram numa frustração, porque por mais que se tenha propósito, nem sempre a experiência no trabalho vai ser positiva”, elucida Marina.

Os Z se importam mais com o dinheiro

Já a geração Z vem mostrando um apego maior aos retornos materiais que um emprego pode proporcionar, com 71% apontando o desejo por uma casa própria, 60% um carro e 47% querem viajar todo ano. Além disso, ambientes modernos e despojados não estão na sua lista de prioridades. Apenas 5% acreditam que essa é uma questão importante. Eles querem mesmo é ser valorizados em sua atuação profissional, com 43% afirmando querer trabalhar em uma empresa que reconheça seus esforços e ter recompensas por isso.

Há também uma quebra de visão importante entre a geração Y e a Z quando o assunto é formação. Se a geração Y valoriza muito a educação formal e quer ter um retorno financeiro pelo seu investimento nisso, a geração Z acredita que é mais importante saber executar as tarefas do trabalho.

Continua após a publicidade

Resiliência ainda é sinônimo de experiência

Em meio ao momento de crise que estamos vivendo, Marina conta que quem tem se dado bem é a geração X, mostrando que a experiência ainda precisa ter espaço nas empresas: “A geração X precisa ser muito disruptiva e se reinventar com a pandemia, principalmente no que diz respeito à hard skill. Mas por outro lado, eles têm soft skills importantes, porque já passaram por mais crises, sabem como lidar”.Por outro lado, a pesquisadora tem visto um sofrimento mental maior na geração Z, que estava carregada de expectativas com relação ao trabalho e precisou colocar o pé no freio neste momento. “A geração Z está com o emocional mais abalado, porque tinham uma expectativa de escolher um emprego, de ir para a empresa”.

Os desafios geracionais

Marina acredita que para superar os desafios em ter um time com diversidade geracional, primeiro é necessário entender que não existe uma geração melhor ou pior do que a outra: “É preciso um espaço aberto para o diálogo, não hierárquico e em que não exista geração correta ou errada”, defende, explicando que antes de haver o espaço para a discussão sobre os anseios, ter uma reunião de alinhamento sobre o que está sendo falado é importante, porque há uma compreensão diferente também sobre isso: “Muitas vezes as gerações debatem um mesmo assunto, mas para cada um deles aquele mesmo assunto significa uma outra coisa e não se percebe isso”.Os desafios não se encerram aí.

A geração Z, também está trazendo à tona outras questões, segundo Marina, como os comportamentos da web de reivindicação, sem hierarquias e sem autocensura, que podem ser encaradas pelas lideranças como prepotência: “A geração Z, que está entrando no trabalho agora, vai levar muito ruído. A rede social leva eles a um grande empoderamento”, alerta Marina.

 

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de VOCÊ RH? É só clicar aqui para ser nosso assinante.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.