Black Friday: assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Grupo Reckitt revela que mulheres ganham mais do que homens no Brasil

Grupo Reckitt lança relatório de remuneração por gênero. No Brasil, a média dos salários das mulheres é mais alta que a dos homens, o gap está nos bônus

Por Elisa Tozzi
1 abr 2021, 15h16
Três mulheres (uma oriental, uma negra e uma loira) trabalhando juntas sentadas juntas olhando o notebook de uma delas e sorrindo.
 (Pexels / Alexander Suhorucov/Divulgação)
Continua após publicidade

Na semana em que o Senado brasileiro aprova projeto lei que multa empresas que paguem salários menores para mulheres do que para homens, que segue para sanção presidencial, o Grupo Reckitt, dono das marcas Veja, Sustagem e Jontex, lança o Relatório de Remuneração por Gênero 2020, pela primeira vez com informações brasileiras divulgadas com exclusividade por VOCÊ RH.

Entre os resultados, o documento mostra que, na mediana salarial total, o gap é de -22,7% a favor das mulheres, o que ocorre devido ao número maior de homens em empregos da manufatura e de mais mulheres em posições sênior. Mas quando analisamos os bônus, a diferença é de 39,6% a favor dos homens.

O documento foi lançado em anos anteriores no Reino Unido, onde fica a matriz da companhia, porque o país exige que empresas com mais de 250 empregados divulguem dados salariais de homens e mulheres. Em 2020, a multinacional ampliou a divulgação para Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Polônia, Rússia, Tailândia, Estados Unidos e Reino Unido, o que corresponde a cerca de 70% da força de trabalho da empresa.

O Grupo Reckitt quer atingir a paridade salarial e o ideal é que a diferença entre homens e mulheres seja sempre 0. Além disso, a companhia também tem o objetivo de conquistar 50% de homens e 50% de mulheres na liderança até 2030 — no Brasil o índice já é de 51%. Com os dados do relatório, a multinacional espera ter mais insumos para conquistar essas metas.

Continua após a publicidade

Raquel Carneiro, diretora de recursos humanos da Reckitt Hygiene Comercial na América Latina, e Gisele Jakociuk, diretora de recursos humanos da Reckitt Health & Nutrition Comercial, explicam os principais resultados do documento em entrevista para VOCÊ RH.

Qual é a importância da divulgação desse relatório no Brasil?

O Grupo Reckitt leva muito a sério as questões de gênero e diversidade e está trabalhando fortemente para melhorar a diversidade em toda a força de trabalho global, incluindo o Brasil. Ao reportar dados além dos exigidos por lei sobre remuneração de gênero, o Grupo Reckitt demonstra transparência e compromisso com a agenda de diversidade e inclusão. Esses números são usados como uma ferramenta para informar sobre D&I e Gestão de Talentos na empresa, que apoiam ainda mais a iniciativa global recém-anunciada do Grupo Reckitt, a 50/50, que visa atingir um equilíbrio de gênero em níveis de gestão na companhia até 2030.

Quais serão as medidas que a empresa irá tomar a partir dos resultados mapeados?

No Brasil, Diversidade e Inclusão fazem parte da nossa estratégia de negócio. Já estruturamos Comitês de D&I focados em temas de gênero, LGBTQI+, cor/raça e que estão desenvolvendo planos de ação com a ajuda dos nossos colaboradores e especialistas externos para garantirmos avanços em curto, médio e longo prazo. Além disso, globalmente o Grupo Reckitt definiu uma meta de equilíbrio de gênero chamada ‘50/50’, a ser cumprida até 2030 em todos os níveis de gestão. Para alcançar esse objetivo, teremos uma série de ações como revisões de políticas, treinamentos, fóruns e mentorias.

A diferença salarial mediana no Brasil é de -22,7%, com as mulheres sendo mais bem remuneradas na mediana do que os homens. Qual a explicação para isso?

O resultado de remuneração favorável às mulheres nos mostra que temos um bom número de colaboradoras em cargos mais sêniores. De fato, boa parte da nossa força de trabalho local é formada por mulheres, inclusive na liderança: 51%.

Continua após a publicidade

Por outro lado, quando olhamos quando olhamos para toda a nossa população, percebemos que temos uma representação maior de homens em posições de manufatura: os índices no Brasil são de 24% mulheres e 76% homens trabalhando em posições de manufatura. Por essa razão, a mulher do ponto médio ocupa, geralmente, um cargo mais sênior do que o homem do ponto médio e, como resultado, a diferença salarial mediana será a favor das mulheres.

Quando chegamos aos bônus, a diferença é de 39,6% em favor dos homens. Por que isso acontece e quais serão as ações para evitar esse gap?

 Embora todos os profissionais do mesmo cargo tenham o mesmo valor-base de pagamento de bônus, o resultado nos aponta um desequilíbrio de gênero nos níveis sêniores em relação aos homens, o que estamos trabalhando para resolver. Como líderes de Recursos Humanos, podemos garantir que não há diferenciação na forma como homens e mulheres são pagos no Grupo Reckitt, pois temos um política de remuneração única que se aplica a todos.

Nosso objetivo é ter um perfil de funcionários que represente os consumidores que atendemos. Uma análise das disparidades salariais entre homens e mulheres é apenas uma fotografia, cujos resultados são amplamente baseados pela demografia dos profissionais. Nosso objetivo é ter uma força de trabalho mais diversa, incluindo uma maior representação de gênero entre os cargos de liderança sênior.

 

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de VOCÊ RH? É só clicar aqui para ser nosso assinante.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.