Nas últimas duas décadas, o número de pessoas negras no ensino superior aumentou consideravelmente. Se, no começo dos anos 2000, elas representavam menos de 22% dos estudantes, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018 elas já eram mais de 50%. Apesar do avanço, há ainda muitos desafios a serem vencidos, como o acesso desse grupo a cargos de liderança.
Uma iniciativa corporativa recente para aumentar a diversidade e a inclusão desses profissionais na gestão é o programa Black Talent, da Kimberly-Clark, multinacional de produtos de higiene pessoal. A companhia está formando um banco de talentos não só com pessoas negras que participam dos processos seletivos, mas também com nomes indicados por elas ou mapeados no mercado pela equipe de RH. Assim, esses profissionais podem ser convidados a participar de oportunidades futuras na multinacional.
“Sabemos que desenvolver um ambiente em que todos sejam incluídos e inspirados a realizar seu trabalho é essencial para que as diferenças sejam valorizadas. Por isso, temos reforçado cada vez mais a nossa jornada de inclusão e diversidade”, afirma Felipe Sanchez Balbino, diretor de recursos humanos da multinacional. “Discutimos cinco pilares principais: gênero, raças, gerações, PCD, etnias e LGBTQIA+, visando dar voz ao protagonismo de nossos colaboradores.”
No início de 2021, a Kimberly-Clark aderiu à Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, que busca a superação do racismo no ambiente corporativo com a adoção de dez compromissos pela igualdade racial, definidos pelos executivos das companhias.
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