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Mulheres na engenharia: as iniciativas da Tetra Pak para fortalecê-las

A meta é alcançar a igualdade de gênero até 2030, segundo a diretora de RH Roberta Silvestre. Por isso, a empresa está apoiando a carreira de estudantes.

Por Luisa Costa
Atualizado em 1 ago 2024, 09h02 - Publicado em 31 jul 2024, 20h02
Uma mulher em uma fábrica. Ela tem cabelos loiros e veste uma blusa amarela, com um blazer.
 (Tetrapak/Divulgação)
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A engenharia, você sabe, é uma área historicamente masculina. A presença de mulheres vem crescendo e, hoje, elas são 20% dos profissionais registrados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Mas estamos longe da paridade – e ainda é comum que as engenheiras encontrem obstáculos extras na carreira, como o preconceito, a desconfiança e a falta de suporte por seus pares.

Melinda Martinbianco, por exemplo, não esquece da frase que ouviu de seu professor no primeiro dia do curso de Engenharia Química, ao se deparar com uma turma majoritariamente feminina. “É muito bom ver que o número de mulheres nas engenharias está aumentando. É uma pena que mulher não gosta de chão de fábrica.” Ledo engano: hoje, Melinda está na indústria.

Cecília Lopes, formada em Engenharia de Alimentos, seguiu o mesmo caminho. E afirma que, principalmente no início da carreira, teve de se esforçar para provar sua competência repetidamente – e conquistar o respeito de colegas e clientes homens. “É comum eu ser uma das únicas mulheres a integrar uma equipe na indústria. Muitas vezes, além de incômodo, isso pode ser intimidante.”

Felizmente, algumas iniciativas estão ajudando a tornar o mercado de trabalho mais amistoso para as mulheres. É o caso do Elas na Engenharia, programa criado em 2018 pela Tetra Pak Brasil, empresa de embalagens para alimentos na qual trabalham Melinda, enquanto supervisora de produção, e Cecília, gerente de projetos.

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Segundo a diretora de RH Roberta Silvestre (cujo retrato abre esta matéria), a ideia do Elas na Engenharia é “mostrar para as mulheres que elas têm um lugar importante na companhia”. Todo ano, a empresa abre as inscrições para o programa e seleciona 30 estudantes ou engenheiras recém-formadas, que visitam as fábricas da Tetra Pak para conhecer algumas lideranças femininas.

“Nós montamos uma trilha de conhecimento e empoderamento”, afirma Roberta. “As participantes conhecem nossas instalações, entendem quais são as diversas oportunidades de carreira, de assistência técnica a automação, e conversam com engenheiras experimentes sobre como é trabalhar na indústria.” Cerca de 180 mulheres já tiveram essa experiência.

Cecília participou do programa e defende que é uma questão de representatividade. “As meninas [que visitam a Tetra Pak] têm a oportunidade de criar uma rede de apoio e conhecer mulheres que atuam na empresa, com histórias e jornadas variadas. Ao final, elas se sentem encorajadas para seguirem suas próprias ambições de carreira.”

Outras iniciativas

O programa Elas na Engenharia não é a única estratégia da Tetra Pak para fortalecer a carreira de mulheres na indústria. Em março de 2023, a empresa começou um programa de aprendizes em parceria com o Senai, em Ponta Grossa (PR). Na ocasião, quem estudava na cidade para trabalhar em linhas de produção pôde complementar o conhecimento teórico com a prática.

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Hoje, o programa de aprendizes também acontece na fábrica de Monte Mor, no interior paulista, com alunas do curso de Mecatrônica do Senai. Segundo Roberta Silvestre, o intuito dessa iniciativa também é mostrar que as mulheres podem começar a trabalhar cedo na empresa – e fazer uma carreira por lá.

As profissionais que já compõem o quadro de funcionários, inclusive, podem participar de um programa de mentoria exclusivo para mulheres, sejam engenheiras ou não. Melinda, que ingressou na companhia como estagiária em 2019, afirma que tais iniciativas estão ajudando a criar uma rede de mulheres que se apoiam e crescem juntas. “Essas trocas de experiências me deram mais confiança e ampliaram a minha perspectiva sobre minha carreira”, ela afirma.

Hoje as mulheres são 25% dos colaboradores e 58% dos estagiários e trainees da Tetra Pak. A meta, segundo Roberta, é alcançar a paridade numérica entre homens e mulheres até 2030. “Vamos continuar olhando para dentro e para fora [da Tetra Pak], inclusive estudando entrevistas demissionais de mulheres para entender por que, eventualmente, elas saem da empresa.” (Essa é uma prática defendida por Margareth Goldenberg, gestora executiva do Movimento Mulheres 360. Entenda nessa matéria.)

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