Sem pré-requisitos e às cegas, recrutamento da Oracle aumenta diversidade
Mudanças no processo seletivo do programa de estágio da Oracle ajudou a atrair profissionais diversos e ampliar a inclusão. Saiba mais
Em 2019, o time de RH da Oracle teve a missão de redesenhar o programa de estágio. Para isso, foram organizadas conversas com antigos estagiários e trainees. Em apenas dois dias, o RH já estava com o material para formatar o Generation Oracle (ou GenO), que teria como pilar a inclusão. A partir de então, foram abolidas as exigências de curso superior em algumas áreas e de inglês. Agora os critérios são: ter mais de 16 anos, estar estudando, ter curiosidade e vontade de aprender.
“O que buscamos são os valores da Oracle, e não as competências técnicas, que estamos dispostos a desenvolver”, diz Carla Alves, VP de RH para a Oracle América Latina. O recrutamento, que é às cegas e usa um software que distorce a voz dos candidatos para diminuir os vieses inconscientes, já contratou quase 50 estudantes de diferentes perfis no Brasil. Há pessoas como Márcio Sousa, de 38 anos, que foi da ordem católica dos franciscanos e hoje estuda análise e desenvolvimento de sistemas, e Agnes Helena, de 19 anos, embaixadora do projeto Meninas Negras, que ajuda jovens da periferia a conquistar bolsas de estudo.