Demissões voluntárias batem novo recorde. Veja setores
Um em cada três desligamentos acontece a pedido do trabalhador, mostra estudo. São Paulo lidera o ranking
ados divulgados pela LCA Consultores mostram que 632.798 brasileiros pediram demissão em agosto deste ano. O número, que representa 35,7% dos desligamentos ocorridos no mês, é recorde desde 2020, início da série histórica com a atual metodologia de contagem de vagas. A maior marca até então havia sido alcançada em março de 2022, quando 603.136 pessoas solicitaram o desligamento, somando 33,2% do total naquele mês. O levantamento foi feito com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O acumulado em 12 meses até agosto também registrou novo recorde: um em cada três desligamentos (32,5%) foi feito a pedido do trabalhador.
Os setores com maiores registros de demissão voluntária proporcionais ao total de empregos com carteira assinada foram Alojamento e Alimentação (2,2% sobre o estoque de vagas); Atividades Administrativas e Serviços Complementares (1,9%); Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (1,7%); e Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas (1,6%). Esses dados indicam um volume maior de pedidos feitos por profissionais qualificados.
São Paulo lidera o ranking de estados com maior número de pedidos de demissão, já que também é o maior empregador no país. Foram 207.971 solicitações, do total de 563.540.
O movimento acontece em meio à busca dos profissionais por mais qualidade de vida. Pesquisa da consultoria Gartner mostra que 67% dos trabalhadores aumentaram suas expectativas de que as empresas sejam mais flexíveis no pós-pandemia.