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Nômade CLT: As lições da gerente de RH que morou e trabalhou numa Kombi

De junho a dezembro de 2021, Natália Franco trabalhou e viveu em uma Kombi com a família, percorrendo 11 estados brasileiros

Por Letícia Furlan
Atualizado em 4 mar 2022, 10h23 - Publicado em 11 fev 2022, 13h22
Natália, seu marido, Aleandro, e sua filha, Lorena, estão dentro da Kombi com dois cachorros de cor caramelo
Natália, seu marido, Aleandro, e sua filha, Lorena, junto com os cachorros da família (@kombihomecatarina/Divulgação)
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o lado do marido, Aleandro, da filha e de seus dois cachorros, Natália Franco, gerente de RH da Loggi, revolucionou sua forma de trabalhar durante a pandemia: fez de uma Kombi o seu lar e escritório. A VOCÊ RH voltou a acompanhar a vida de Natália, que recentemente vendeu o veículo, apelidado de Catarina, em busca de outra meta: comprar um motorhome maior.

A aventura começou com o desejo que o casal tinha de alugar um motorhome para passar as férias. Os automóveis desse tipo eram caros, mas adaptar uma Kombi para alojar a família era algo possível. “Compramos o carro, e meu marido, que nunca tinha feito nada de carpintaria antes, construiu tudo assistindo a vídeos do YouTube”, afirma Natália. Foram 10 mil quilômetros rodados em 11 estados brasileiros.

Hoje, a vida dos três voltou ao normal — ou quase. Engana-se quem pensa que Natália vendeu Catarina para largar totalmente sua vida nômade. Ela quer ainda mais liberdade. Comprar um motorhome mais equipado e espaçoso para viajar ainda mais pelo Brasil e pela América Latina está nos planos da família, que, por enquanto, vive em uma casa em meio à natureza em Ribeirão Pires, Região Metropolitana de São Paulo.

Em dezembro de 2021, Aleandro pretendia voltar de seu período sabático para se estruturar profissionalmente. Já a Loggi, onde Natália trabalha há mais de dois anos, ainda está em modelo remoto, mas há a possibilidade de a companhia adotar o híbrido.

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Mas isso não significa que a vida vida nômade da gerente de RH tenha chegado ao fim. Eles se descobriram nômades. “A gente tem a intenção de voltar à estrada, mas não enxergamos isso como uma condição definitiva”, explica Natália, que pensa em mesclar sua vida entre períodos na estrada e outros em residência fixa. 

Aprendizados para a vida

O que começou como uma vontade de conhecer lugares diferentes e vivenciar novas experiências terminou com uma lista de aprendizados. Em primeiro lugar, Natália cita o desapego. “Aprendi a viver com menos. Entendi que acumulava muita coisa e que elas não me permitiam enxergar e focar naquilo que realmente tem valor para mim. Quanto mais se tem, mais se quer. Esse ciclo de consumismo sem fim não era saudável e sustentável para mim”, afirma.

Em tempos tão caóticos, viver um dia de cada vez trouxe muitos benefícios à gerente de RH. “O dinamismo do mundo moderno, as milhares de notificações no celular e as redes sociais, em determinado momento, me geraram uma crise de ansiedade”, afirma Natália. Foi então que ela decidiu desacelerar

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“Saí do piloto automático, fiquei muito mais sensibilizada para perceber as situações e as minhas emoções. Na maior parte do tempo, precisava estar atenta, me adaptando às novas realidades, que se alteravam constantemente”, afirma Natália. “Aprendi que a felicidade está no caminhar, em cada quilômetro percorrido, em cada detalhe.”

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Lições profissionais

Nos primeiros dias na estrada, Natália confessa que teve a sensação de que seria impossível conciliar a vivência nômade com a corporativa. “Encontrei pouquíssimas pessoas que viviam na estrada e que, assim como eu, tinham um trabalho fixo (CLT). A maioria era autônoma, com maior flexibilidade”, afirma.

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Mas conciliar a vida corporativa com a vivência não só foi possível como também fez dela uma profissional mais bem preparada. Isso porque, durante a experiência, Natália desenvolveu foco e planejamento para criar uma rotina que a permitisse concluir suas entregas, além de manter claro qual o seu propósito. “Foi maravilhoso poder constatar que é possível conciliar o trabalho com a realização pessoal. Existe um ponto de equilíbrio, que obviamente não é fácil de ser alcançado, mas é possível.”

Natália optou por estar próxima à capital paulista nos próximos meses para conseguir trabalhar em um eventual modelo híbrido. Para o futuro, ela vê a possibilidade de atuar de forma totalmente remota, já que a Loggi tem essa modalidade já implementada para alguns cargos e áreas. “Mas tenho um caminho pela frente e muito trabalho na construção da Catarina 2.0”, lembra a gerente, que registra esse processo no @kombihomecatarina, conta destinada a mostrar a história nômade da família. 

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