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Pandemia impediu o progresso das mulheres no trabalho, diz estudo

A pandemia da covid-19 reduziu significativamente as oportunidades para as mulheres progredirem e apenas 12% dos executivos buscam a equidade salarial

Por Redação
6 nov 2021, 07h00
Imagem mostra uma mulher e um homem trabalhando um ao lado do outro no computador. Ela aparece em primeiro plano, ele em segundo.
 (Pexels/CanvaStudio/Divulgação)
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A pandemia da covid-19 reduziu significativamente as oportunidades para que as mulheres progredissem no trabalho. A conclusão é de um estudo internacional realizado com mais de 300 altos executivos, que revela também que os líderes se sentem mais sobrecarregados e, por isso, menos capazes de intervir e ajudar as mulheres no mercado.

Segundo a consultoria Egon Zehnder, as mulheres tiveram taxas de perda de emprego e demissão mais altas que os homens e foram desproporcionalmente afetadas pelos desafios impostos durante a pandemia. Isso tem potencial de interromper a ascensão à liderança, ao progresso e ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal das mulheres a longo prazo. Mas os resultados também mostram que apenas 25% dos entrevistados promovem as mulheres, apenas 12% buscam salários iguais para apoiar o avanço feminino e 37% estão criando confiança e estimulando a mudança.

Com a volta cautelosa e gradual, jornada presencial, sistemas, culturas e processos devem ser restabelecidos a fim de defender as mulheres neste novo local de trabalho, construindo organizações fortes, diversificadas e resilientes, salienta o estudo.

Pandemia afetou mais as mulheres

É praticamente unanimidade entre os altos executivos que o trabalho remoto beneficia as funcionárias. Questionados sobre como isso se dá, a maioria destacou mais flexibilidade no horário de trabalho, melhor equilíbrio entre trabalho e vida privada e mais tempo pessoal e familiar sem deslocamento.

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Mas os entrevistados também apontam que o home office pode trazer alguns prejuízos. Sete em cada dez disseram que os funcionários remotos podem ser preteridos para cargos de liderança por causa da menor visibilidade em comparação àqueles que estão trabalhando presencialmente.

Além disso, 84% dos executivos esperam que as líderes mulheres voltem presencialmente no mesmo ritmo que os líderes homens. A justificativa de 46% deste contingente é que a mesma regra deve valer para homens e mulheres. Outros 37% acrescentem que ter as mulheres de volta ao escritório é o melhor para seus negócios e funcionários.

Quatro em cada cinco profissionais disseram que a pandemia afetou negativamente o progresso das mulheres no local de trabalho. Além disso, a maioria também considera que as mulheres em suas organizações estão lidando com mais responsabilidades em relação aos homens, sejam elas profissionais ou pessoais.

Saúde mental e vida pessoal

A pesquisa da Egon Zehnder mostrou também que dois em cada três altos executivos experimentaram esgotamento durante a pandemia. Deste número, 69% atribuíram a culpa disso ao estresse relacionado à pandemia.

Já 86% dos entrevistados notaram uma mudança em suas responsabilidades pessoais desde a pandemia. A mudança foi observada em ambos os sexos, com os homens mais propensos a dizer que suas responsabilidades pessoais aumentaram quando comparados às mulheres.

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Outra descoberta da pesquisa foi que os desafios impostos pela pandemia foram um empecilho para que os altos executivos atingissem seus próprios objetivos: 95% dizem que a covid-19 afetou suas habilidades para obter sucesso no cumprimento dos objetivos de negócios, cultura de equipe e liderança pessoal.

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