Nos últimos anos, a Mondeléz, dona das marcas Trident, Bis e Oreo, vem passando por uma série de mudanças. O objetivo é conter a queda nas vendas, motivadas, em parte, pelo avanço da alimentação saudável.
Presente em 165 países (no Brasil, são 10 000 funcionários, espalhados entre São Paulo, Curitiba e Recife), a multinacional americana fez a lição de casa: no terceiro trimestre de 2017, reportou lucro de 992 milhões de dólares, 81% mais do que no mesmo período do ano anterior.
1. Jornada flexível
Além da possibilidade de fazer home office sempre que necessário e de horários flexíveis (a hora de entrar é livre), a Mondeléz oferece o flex friday em duas sextas-feiras do mês: nesses dias, os funcionários trabalham até a hora do almoço.
2. Engessamento
Lentidão e burocracia são, de acordo com relatos no site de avaliação de empresas Love Mondays, um dos pontos fracos da organização. Dizem que a tomada de decisão é submetida à matriz com frequência, o que emperra a aprovação de projetos. “Estamos redesenhando os processos. Simplificar e ganhar agilidade é nossa prioridade”, afirma Claudia Gomes, diretora de RH.
3. Desenvolvimento
Empregados elogiam a universidade corporativa, que reúne 170 cursos. Na plataforma, há aulas sobre liderança, coaching, mentoring, inclusão e diversidade, vendas e gestão de pessoas — funcionários de todas as áreas e cargos podem acessar, inclusive de fora da empresa.
4. Liderança
Segundo o RH, 43% dos gestores hoje são mulheres. Agora, o objetivo é levar mais mulheres para o board da companhia.
5. Falta de meritocracia
O plano de carreira na Mondeléz é rígido: é difícil se tornar gerente sem ter sido antes coordenador, por exemplo. Porém, os funcionários reclamam que, na hora de promover, alguns líderes valorizam mais
o relacionamento do que a competência.
6. Chefe com poder
Hoje, na Mondeléz, os chefes têm 100% de autonomia para contratar, demitir e promover funcionários — não precisam mais do crivo da área de recursos humanos. “Isso tornou os processos mais ágeis e assertivos”, diz Claudia.
7. Tecnologia a favor
Para que haja mobilidade no escritório, telefones fixos foram abolidos das estações de trabalho. Em vez dos aparelhos, são utilizadas ferramentas como Skype para receber e realizar ligações.
8. Dança das cadeiras
Em todos os escritórios da Mondeléz na América Latina, não há mesas fixas. Os funcionários podem se sentar cada dia em um lugar diferente — e isso vale inclusive para os diretores.
9. Trabalho remoto
O home office não precisa ser feito em casa. Esse é um lema da multinacional, que estimula que a atividade aconteça em lugares diferentes — como cafés, bibliotecas e até mesmo praias. O controle da jornada é feito pelo funcionário, que comunica à chefia os horários trabalhados.
10. Pratas da casa
Antes de divulgar seus processos seletivos para o mercado, a Mondeléz publica os cargos internamente. A empresa só recruta fora quando não há pessoas interessadas ou aptas para ocupar o posto. Por causa disso, 76% das vagas no Brasil são preenchidas por talentos formados na própria organização.