A DHL Suply Chain anuncia vagas até por carro de som
Para promover os próprios funcionários, a empresa já chegou a por equipamento de 200 mil reais na mão de um auxiliar, em vez de buscar um operador experiente no mercado
Campinas (SP) – É grande a possibilidade de o novo presidente da DHL Supply Chain ser um brasileiro. Hoje, a empresa é comandada, no Brasil, pelo americano Jeff Burrow, um executivo de carreira consolidada, que veio para o país com a missão de implantar uma nova visão de negócio e formar um sucessor.
Num prazo de dois anos, ele deverá deixar o cargo, que tem dois candidatos brasileiros para ocupá-lo. A DHL ainda procura manter os nomes em sigilo, mas é fato que um dos executivos está nos Estados Unidos para acelerar seu desenvolvimento e ganhar maior visibilidade do negócio.
A oportunidade de trabalhar fora do país e construir uma carreira internacional é uma realidade. Em 2006, a empresa expatriou apenas um funcionário. Em 2011, foram sete pessoas, que seguiram para programas de dois a três anos nos Estados Unidos, no México e no Chile. Por aqui, a DHL Supply Chain, a divisão de armazenagem e distribuição do grupo Deutsche Post DHL, também vem ganhando mercados e crescendo de forma consistente.
A companhia, que tinha cerca de 5.200 funcionários em 2006, entrou em 2012 com 8.000 colaboradores e ainda prevê contratar entre 600 e 700 pessoas para atender a novos contratos. Nessas situações, a área de recursos humanos não hesita em lançar mão de soluções criativas para atrair candidatos e driblar a escassez de mão de obra.
Em 2011, quando precisava preencher 400 posições no estado do Rio de Janeiro para operações de novos clientes, a DHL firmou parcerias com as prefeituras para o cadastramento de currículos e alugou carros de som, que anunciavam sua chegada aos munícipios e as chances de emprego. Resultado: todas as vagas foram preenchidas em 90 dias.
Quem entra na DHL sabe que terá treinamento e poderá evoluir na carreira. Em 2011, ela fez 2 338 promoções internas. “É a primeira companhia que vejo colocar um equipamento de 200.000 reais na mão de um auxiliar para ele treinar, em vez de buscar no mercado um operador de empilhadeira com experiência”, diz um funcionário.
PONTO(S) POSITIVO(S) | PONTO(S) A MELHORAR |
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A comunicação flui bem até para quem está fora. A DHL leva informações aos afastados por doença ou em licença-maternidade para mantê-los atualizados. | Não há subsídio educação para cursos de graduação e a empresa não contribui com a previdência privada para cargos abaixo de supervisor. |