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A Schneider Electric faz harmonização de benefícios

Se um funcionário de uma empresa adquirida perde um plano de saúde superior, por exemplo, ele ganha uma compensação no salário

Por Murilo Ohl
Atualizado em 5 dez 2020, 20h49 - Publicado em 26 mar 2013, 17h32
Funcionários em planta da Schneider Eletric (Divulgação/)
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São Paulo (SP) – Ouvir o funcionário é uma maneira interessante de testar a qualidade da estratégia de negócios de uma empresa. Quando o empregado fala com desenvoltura sobre o assunto, é sinal de que a mensagem foi compreendida e que ele está ciente de seu papel.

É assim que as coisas funcionam na Schneider Electric, com sede em São Paulo, fabricante de uma vasta gama de produtos de energia elétrica que equipam de casas a usinas. A cada três anos, a multinacional de origem francesa lança uma estratégia mundial, que vem com nome novo e é rapidamente disseminada entre as equipes — primeiro, num encontro com os 300 gestores e, depois, deles para toda a empresa.

A passagem de 2011 para 2012 marcou a entrada de uma nova estratégia, que vai até 2015. Os profissionais já assimilaram a proposta. “É tudo transparente”, diz um gestor. A melhor prova dessa facilidade de comunicação é notada nos processos de aquisições. A Schneider comprou várias empresas no Brasil nos últimos anos, como o Grupo Steck, em 2010, a SoftBrasil, em 2011, e a CP Eletrônica, em junho deste ano.

Hoje a Schneider Electric tem nove fábricas no país e 13 filiais de vendas. Momentos de incorporação de empresas costumam criar expectativa e ansiedade devido ao receio de mudanças e cortes. Mas não é o que se vê, segundo os empregados. “Cada aquisição proporcionou a oportunidade de crescer e mudar de área”, diz uma funcionária.

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Isso acontece porque a companhia facilita as coisas para quem vem de fora, reduzindo a burocracia e a tensão. Ocorre o que, na gíria do RH, se chama de harmonização de benefícios: se um profissional da empresa que foi comprada vai perder, por exemplo, um plano de saúde melhor, é feita uma compensação no salário.

Parece que funciona. As aquisições têm sido tranquilas também porque a Schneider está em fase de expansão e não houve, nos últimos anos, razões para cortar pessoas. “O crescimento dos negócios ajuda a melhorar o clima”, diz um funcionário. 

PONTO(S) POSITIVO(S) PONTO(S) A MELHORAR
A imagem no mercado motiva os funcionários: a empresa fornecerá equipamentos para obras importantes, como os estádios da Copa de 2014. A empresa tem um programa de trabalho em casa, mas os funcionários dizem que ainda falta uma cultura que veja o home office com bons olhos.
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