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A Siemens prepara cerca de 100 gestores por ano

Os treinamentos acontecem em duas plataformas, a presencial e a virtual

Por Rosana Tanus
Atualizado em 5 dez 2020, 20h49 - Publicado em 26 mar 2013, 17h02
Fábrica da Siemens em São Paulo (Germano Lüders/EXAME.com/)
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São Paulo (SP) – De origem alemã, a Siemens é um dos maiores conglomerados de engenharia elétrica e eletrônica do Brasil, com negócios em quatro setores: indústria, infraestrutura e cidades, energia e saúde. Para manter um time de especialistas de primeiro nível em cada uma dessas áreas, a empresa se apoia no nome forte que construiu ao longo dos anos e na formação dos funcionários.

Os programas de liderança preparam, aproximadamente, 100 gestores por ano. Pelo plano de desenvolvimento individual e pelo mapeamento sucessório, a companhia realizou 800 promoções no ano passado. Os treinamentos são muitos e ocorrem nas duas plataformas — presencial e virtual.

Apesar de todo o investimento, a pressão para atingir as metas é grande, o que vem desmotivando parte da equipe. “A Siemens é boa para desenvolver pessoas, não para retê-las”, diz um empregado. A percepção é de que os líderes não se preocupam muito com a retenção de suas equipes. E o salário, considerado abaixo da média para o porte de uma multinacional, contribui para aumentar a fuga de pessoas.

O turnover ficou em 20% em 2011. “Para atingir as metas para o crescimento do negócio precisamos ser ótimos especialistas no que fazemos. Por isso acho que o salário não está compatível com nosso nível”, afirma um profissional. Mas, quando o assunto é benefícios, a turma é unânime em dizer que o pacote é muito bom.

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A empresa oferece previdência privada, plano de saúde e odontológico, convênios com farmácias, restaurante nas fábricas (vale-refeição para quem trabalha longe delas) e participação nos lucros, que tem chegado, na média, a um salário a mais por ano.

No ano passado, por meio da política de recrutamento interno, 43 empregados mudaram de área, e o programa de expatriação está proporcionando a mais de 33 brasileiros uma carreira internacional. Conseguir bolsa de estudos já é mais complicado. Com exceção da concessão de bolsas para idiomas, a política de subsídios para outros cursos não parece clara para os funcionários. 

PONTO(S) POSITIVO(S) PONTO(S) A MELHORAR
Ter a marca Siemens no currículo é motivo de orgulho, junto com a oportunidade de trabalhar com conhecimento de ponta e inovação. A descentralização das políticas de gestão de pessoas nas fábricas cria a percepção de desigualdade entre elas; e a burocracia dos processos internos.
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