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Google paga previdência privada até para quem não contribui

O pacote de benefícios do Google abrange até lentes ou armações de óculos no valor de R$ 450 e quatro semanas de folga para os novos papais

Por Murilo Ohl
Atualizado em 5 dez 2020, 20h49 - Publicado em 26 mar 2013, 16h28
Googlers no escritório da empresa em São Paulo (Raul Junior/EXAME.com/)
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São Paulo (SP) – Só pergunte a um funcionário do Google quanto ele ganha se você estiver com tempo para ouvir a resposta. Vai demorar. Os salários, para começar, são acima da média de mercado de empresas de internet. É só uma das formas de reter seus 410 profissionais, constantemente assediados por outras pontocons.

Mas os googlers, como eles são chamados, recebem mais. Além do bônus anual, pago de acordo com metas da área e do negócio, contam com os prêmios de reconhecimento. O peer bônus, de 200 reais, a pessoa recebe se o colega disser que ela merece. Tem regra e precisa justificar, claro, mas em 2011 esse agrado foi concedido 1 063 vezes. Já o spot bônus é o reconhecimento feito pelo gerente. Vai de 550 a 28.000 reais.

E tem ainda as ações da companhia, que o empregado recebe a partir do ato da contratação. Se o desempenho for bom, a companhia pode premiar com mais um lote no fim do ano. O plano de saúde é de primeira para todos, e com dependentes inclusos.

E, se o funcionário quiser ir a um médico particular, terá reembolso de 374 reais por consulta. Na previdência privada, a empresa deposita no Googleprev um valor equivalente a 5% do salário, mesmo que o profissional não contribua.

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Se contribuir, o Google faz um aporte no mesmo valor, até o limite de 12% do valor do salário. Usa óculos? Por ano, 450 reais podem ser usados para lentes ou novas armações. Vai malhar? Reembolso de 180 reais por mês. Teve filho? Os novos pais recebem 600 reais para as despesas com alimentação nos primeiros 90 dias do bebê.

E os homens ganham quatro semanas de licença-paternidade. O reembolso dos gastos com internet é de 112 reais por mês. E funcionário novo tem direito a 100 reais só para decorar a mesa de trabalho. A indicação de um colega para trabalhar no Google rende mais 5.000 reais (e olha que 70% da equipe chegou lá por indicação).

Não acabou. O Google ainda oferece até 16.000 reais por ano para despesas com educação. Desse valor, 20% podem ser gastos para fazer cursos que estimulem a criatividade, como culinária. Para fechar, tem o presente de Natal. No ano passado, por exemplo, foi um smartphone. Tá com inveja?

PONTO(S) POSITIVO(S) PONTO(S) A MELHORAR
Ao completar 30 anos, todo funcionário tem direito a checkup, que pode ser refeito aos 35, 38 e 40 anos. A partir dessa idade, esse tipo de exame é anual. O preço a pagar é a pressão. Há relatos de carga excessiva de trabalho, competição entre colegas, falta de tempo para o almoço e poucas horas de sono.
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