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O livro Metanoia virou bíblia na Embalagens Jaguaré

A empresa trabalha com o conceito de que lucro é igual a equipe comprometida e cliente fidelizado

Por Roseli Loturco
Atualizado em 5 dez 2020, 20h48 - Publicado em 27 mar 2013, 13h41
Fábrica da Embalagens Jaguaré (Divulgação/)
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Barueri (SP) – Eleita este ano como a melhor empresa para trabalhar do setor de papel e celulose, a Embalagens Jaguaré está em ebulição. A fabricante de caixas de papelão intensificou no ano passado as mudanças culturais que sintetizam sua visão e seus valores. Em vez de defender que lucro é igual a receita menos despesas, uma lógica de mercado, a companhia acredita que “lucro é igual a equipe comprometida mais cliente fidelizado”.

Para um mundo capitalista, parece revolucionário. E é, na visão do mentor desse conceito, o economista e escritor Roberto Adami Tranajan. Seu livro Metanoia virou uma espécie de bíblia dentro dessa fábrica localizada em Barueri, na Grande São Paulo. O método também inspirou um novo conceito de liderança.

Agora, o entendimento é que os gestores devem não só ser respeitados e admirados como também precisam agregar valor às suas equipes. Em 2011, a Embalagens Jaguaré destinou 200.000 reais na formação deles, principalmente em quatro programas formais: Líder de Alto Valor, Retoque, Alumiar e Metanoia. “Existe um movimento forte este ano para melhorar a relação entre chefia e subordinados. Percebemos maior disposição deles para ouvir e levar adiante as nossas ideias”, afirma um técnico do nível operacional.

Para cumprir essa meta, cada líder tem um conjunto de competências específicas, conforme suas tarefas e responsabilidades, que precisam ser desenvolvidas. Anualmente, esse grupo recebe feedback da pesquisa de clima organizacional — o Senso, feito com participação de todos os colaboradores — e, com base nos resultados, elabora um conjunto de ações para melhorar os pontos necessários.

Mas não chega a ser um plano de carreira, ferramenta que pelo segundo ano consecutivo é cobrada por todo o time. “Temos de fato essa falha em nossas práticas de recursos humanos. Mas isso está em nosso horizonte e o programa será implementado em breve”, diz Fernando Mori, diretor de pessoas. O crescimento na carreira ainda fica por conta exclusivamente do funcionário, que a partir de um ano de casa já pode solicitar subsídio de até 50% para fazer cursos de graduação, pós e especialização.

PONTO(S) POSITIVO(S) PONTO(S) A MELHORAR
O projeto Criando o Futuro financia a compra de material de construção para empregados que precisam de ajuda para construir a casa própria. Não há ambulatório na fábrica. As pessoas gostariam também de ter uma academia ou parcerias com estabelecimentos que dessem desconto na mensalidade.
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