BANCO ITAÚ
Quando o cliente passou a ocupar o centro das decisões no Itaú Unibanco, uma intensa transformação cultural e digital, liderada pelo CEO Candido Bracher, foi iniciada. O motivo é auspicioso: tornar-se tão admirado quanto Apple, Google e Amazon. E o banco sabe que não conseguirá isso sem que os empregados virem embaixadores da marca.
Com esse objetivo, iniciou uma jornada para melhorar a experiência deles. “Estamos revendo todas as práticas, de contratações a desligamentos”, diz Sergio Fajerman, diretor de RH. Hoje, o pessoal é avaliado por dois eixos: o X (os resultados entregues) e o Y (como foram entregues).
O primeiro analisa objetivos; o segundo, os comportamentos, como pensamento no consumidor, colaboração e capacidade para reaprender. O sistema de metas para o alto escalão também mudou. Hoje, os 20 principais executivos da companhia têm apenas cinco metas — antes eram 12.
Três são financeiras e as outras duas são relacionadas a satisfação, uma dos clientes e a outra dos empregados. Segundo trabalhadores, o banco está realmente diferente. Além de ter 6 000 pessoas atuando com metodologias ágeis, há práticas para promover qualidade de vida, flexibilidade e diversidade. “Estou há 26 anos aqui. A mudança é genuína”, diz um gerente.
PONTOS POSITIVOS
Os benefícios são um ponto alto. O valor dos vales-refeição e alimentação (1 300 reais no total) é elogiado, assim como a taxa para financiamento imobiliário, de 7% ao ano. Os bônus, em alguns cargos, chegam a 30 salários.
PONTOS A MELHORAR
Empregados dizem que os caminhos para sugerir inovações ou melhorias são tortuosos. Eles também gostariam que a prática de home office, liberada em dois dias da semana, fosse mais bem formalizada.
BANCO BRADESCO
Embora esteja mudando, o Bradesco ainda carrega fortes traços de um banco convencional. O traje social, por exemplo, permanece obrigatório em alguns departamentos. Entretanto, os funcionários afirmam que transformações estão acontecendo.
A plataforma Integra RH, implementada neste ano, é uma das mais comentadas. Por reunir o histórico de cada profissional (plano de carreira, avaliação de desempenho, metas e reconhecimentos já conquistados), o projeto tornou os processos de movimentação mais transparentes e velozes. “Algumas promoções que estavam paradas começaram a sair do papel”, diz um empregado.
Além disso, no início do ano, o banco colocou em prática o Xá Comigo, programa em que o profissional é estimulado a reconhecer um colega — além de fornecedores e parceiros — pela prestação de um bom atendimento. A ação é concretizada com a entrega de um botom físico e virtual, que fica registrado no sistema do Integra RH.
O que também tem animado os times é terem voz mais ativa dentro da companhia. A sede do banco, em Osasco, ganhou academia, mercado e serviços como barbearia, manicure e sapataria —novidades sugeridas pelos próprios funcionários em reuniões de hackathon sobre mobilidade urbana.
PONTOS POSITIVOS
Há oportunidades de crescimento na organização e alto aproveitamento de mão de obra interna. O canal de assistência psicológica, o auxílio-babá e os programas de diversidade também são elogiados.
PONTOS A MELHORAR
Os empregados pedem melhoria nos processos internos e na comunicação entre setores. A avaliação 360 graus só ocorre para certos cargos de liderança. Para alguns, o banco ainda é conservador e formal.
BANCO DO BRASIL
Com 210 de anos de existência e presente em 99,6% dos municípios brasileiros, o Banco do Brasil apresenta uma política consolidada de recursos humanos para seus quase 100 000 funcionários e benefícios elogiados, como participação nos lucros paga semestralmente.
“É uma empresa gigante, com muitas oportunidades para evoluir e transitar por áreas. Quem tem disponibilidade para mudar de cidade ou de setor também encontra um mundo de opções aqui”, diz um empregado.
Para se comunicar com tantos profissionais e divulgar as possibilidades de carreira, o portal da intranet é estruturado e conta com agência de notícias, comunicados internos e ferramenta que permite enviar e-mails para grupos determinados. A revolução digital tem transformado a rotina do banco e a dos empregados, já que os serviços prestados nas diversas plataformas exigem um time apto e antenado.
Existem metas internas de capacitação dos profissionais. “Nossos funcionários entram jovens na empresa, por meio de concurso público, e já são familiarizados com o mundo digital. Nosso trabalho está na preparação das equipes para oferecer um serviço rápido e de qualidade”, diz José Avelar Matias Lopes, diretor de gestão de pessoas.
PONTOS POSITIVOS
Há Flexibilidade de horários com banco de horas. A prática
do home office tem crescido na empresa, com critérios objetivos para determinar quais funções podem aderir ao projeto.
PONTOS A MELHORAR
Nem todos recebem feedback completo quando participam de recrutamentos internos e não são selecionados. Eles gostariam de ter mais informações sobre por que não foram aprovados.
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