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Ticket recebe mais expatriados que envia para fora do país

Com o mercado local aquecido, a empresa não consegue mandar mais gente para fora. E faz cerca de 20 contratações por mês

Por Rosana Tanus
Atualizado em 5 dez 2020, 20h49 - Publicado em 26 mar 2013, 16h33
Refeitório da empresa Ticket.  (Claudio Rossi / VOCÊ S/A/)
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São Paulo (SP) – A Ticket, empresa do grupo francês multinacional Edenred, tem como negócio cartões e vouchers de serviços pré-pagos, como o famoso vale-refeição, que fez a marca virar sinônimo do próprio produto. Presente em 38 países, a organização tem uma política de expatriação para gerentes e diretores, mas, com o mercado brasileiro tão aquecido, vem recebendo mais profissionais do que enviando.

“Em 2011, tivemos um expatriado para o México e outro para a França, e três estrangeiros vieram para as unidades de negócios que atendem a América Latina”, diz Edna Bedani, diretora de recursos humanos. No Brasil, de acordo com a executiva, acontecem aproximadamente 20 contratações por mês.

Com essa efervescência, o foco é desenvolver talentos. A cada ano, todos os colaboradores são avaliados e definem metas para o período, revisadas em julho. A formação da liderança interna é um ponto forte. Em 2011, foram capacitados 70 gestores — em 2012 já são 50 os participantes dos cursos voltados a eles.

Mas os treinamentos não se restringem a esse público: em 12 meses, a Ticket fez um investimento de 2 milhões de reais em cursos técnicos e comportamentais para todos os níveis. Nesse período, 123 empregados foram promovidos. Mesmo assim, muitos afirmam que faltam critérios claros para as movimentações, alegando que, em alguns casos, o relacionamento entre chefes e subordinados vale mais do que a meritocracia.

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“A cultura empresarial francesa leva mais em conta as relações pessoais”, diz um profissional. A falta de um plano de carreira formalizado contribui para essa percepção. A explicação do RH é que a companhia acredita num sistema corporativo relacional, em que as pessoas dizem onde querem chegar, e os chefes, em conjunto com a área de gestão de carreira, mostram o caminho.

O salário, considerado pelas equipes abaixo da média para o setor, e o valor do vale-refeição, que não acompanhou o aumento do custo da alimentação nos restaurantes, também são motivos de insatisfação. 

PONTO(S) POSITIVO(S) PONTO(S) A MELHORAR
A política de remuneração variável e os muitos benefícios, como licença-maternidade estendida para seis meses, utilizada por 18 colaboradoras em 2011. A área comercial gostaria de uma ajuda de custo maior. Na capital paulista, há dificuldade de encontrar vagas para estacionar o carro.
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