A crise do coronavírus provoca uma corrida por trabalhadores de enfermagem. Segundo levantamento da Luandre, especializada em recrutamento e seleção, a busca por profissionais neste segmento aumentou 165% nos primeiros quatro meses de 2020 se comparada ao mesmo período de 2019.
Ao considerar apenas o período entre fevereiro e março, quando houve a evolução da pandemia no país, as vagas na área saltaram 677% de um mês para o outro. “Nosso foco é a rede particular e, como estes hospitais têm como valor fundamental atendimento ágil, são necessários mais profissionais para dar a velocidade necessária num contexto de movimento maior”, diz Francine Silva, superintendente de RH da Luandre.
Atualmente, há 1.773 vagas abertas na plataforma da Luandre, boa parte delas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Entre os postos disponíveis estão os de auxiliares de coleta, técnicos de enfermagem e enfermeiros – para atuar em prontos-socorros, unidades de internação e UTIs. Os salários vão de R$ 1.000 a R$ 4.500.
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Com grande demanda por posições na linha de frente, Francine já observa flexibilizações para o perfil, como a exigência de tempo de experiência menor. Além disso, as competências comportamentais estão sendo altamente consideradas. “O que mais se pede dos candidatos na área de saúde neste momento é flexibilidade, senso de urgência, habilidade para resolver conflitos e, principalmente, saber trabalhar sob pressão”, pontua Francine.
De acordo com a especialista, embora alguns profissionais estejam reticentes em assumir uma posição de risco neste momento, as vagas têm sido preenchidas mais rápido do que o habitual. “Hoje, a partir da abertura da vaga, precisamos fechá-la em cinco dias úteis, dependendo da urgência em até três. Já em um cenário sem pandemia levamos cerca de dez dias.”
Os interessados devem se candidatar online em candidato.luandre.com.br.
Segundo a Luandre, nos últimos dois meses, mais de 3 656 profissionais de saúde foram contratados para 95 diferentes funções, sendo: 47% técnicos de enfermagem, 19% enfermeiros e 6% auxiliares de enfermagem, entre outros.
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