Oito em cada dez empresas aprovam seus jovens talentos
As organizações que buscam um parceiro capaz de formar e orientar candidatos em programas de aprendizagem alcançam resultados expressivos
Como as diferentes gerações atuam juntas no mercado de trabalho? As mudanças comportamentais das últimas três décadas foram tão grandes que os mais jovens apresentam expertises, formações e expectativas que nem sempre são compreendidas pelos gestores.
Um levantamento realizado nos Estados Unidos pela revista online universitária Intelligent aponta que quatro em cada dez empresas americanas têm evitado contratar jovens recém-formados. Entre os motivos se incluem falta de habilidades na comunicação, não cumprimento de prazos e horários, dificuldade em lidar com rotinas e uso de roupas inadequadas. No Brasil, segundo um estudo das consultorias GPTW e Great People, mais de dois terços dos profissionais têm dificuldade para lidar com jovens no mundo corporativo.
Esse é um desafio crucial, portanto, porque são esses novos futuros profissionais que vão liderar o mercado de trabalho. E existem maneiras de formá-los para o mercado, facilitando sua adaptação, sem abrir mão das potencialidades que eles levam para as organizações.
Nesse contexto, a Lei de Aprendizagem representa uma oportunidade estratégica que pode apoiar as empresas diante do desafio de captar e reter novos talentos. Essa forma tem sido cada vez mais utilizada: em março de 2024, o país atingiu a marca histórica de 602 671 jovens aprendizes contratados. Em 2023, o total já havia saltado 10,7% em relação ao ano anterior.
Satisfação dos gestores
Para os jovens que passaram pelo Programa de Socioaprendizagem do Ensino Social Profissionalizante (Espro), o cenário é diferente. Com 45 anos de atuação, a entidade oferece atividades que auxiliam na capacitação profissional e na inclusão no mercado de trabalho, com abrangência nacional, operando na formação e no desenvolvimento tanto de soft quanto hard skills.
Como resultado, de acordo com um levantamento realizado pela organização, 80% dos 720 recrutadores e gestores consultados entre as empresas parceiras afirmaram estar muito satisfeitos ou satisfeitos com os jovens contratados para programas de aprendizagem profissional.
Dos aprendizes que passaram pelo curso, 77% seguem empregados um ano após finalizarem o programa de aprendizagem. Além disso, 91% consideram importante o fato de terem contato com o mundo do trabalho e 89% acreditam que se tornaram mais responsáveis.
Parceria de sucesso
Através dos programas de socioaprendizagem ministrados pelo Espro, os jovens sentem-se mais confiantes e preparados para o mercado de trabalho, enquanto o setor de RH é fortalecido por meio do apoio e das soluções disponibilizadas pela organização. É uma forma de atrair e reter novas gerações de trabalhadores, com jovens alinhados com as tendências do futuro, capazes de inovar e diversificar as empresas.
Como aponta Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro, os jovens aprendizes, predominantemente vindos de condição de vulnerabilidade social, aportam experiências e visões de mundo que geralmente as empresas não têm. “Trabalhamos para construir nos jovens as competências necessárias para habitar o mundo corporativo, para que o ambiente de trabalho faça sentido para ele. Já no atendimento às empresas, atuamos para facilitar a transição da nova geração para dentro das organizações.”