Empresa paga bônus para quem faz atividade física
Para combater o sedentarismo, a Buser decidiu incrementar o salário dos funcionários que praticam atividades físicas regularmente
a tentativa de promover hábitos mais saudáveis entre seus funcionários e combater o sedentarismo, a Buser, plataforma de intermediação de viagens rodoviárias, criou uma forma de motivar a adesão a uma atividade física: agir no bolso. “Sempre acreditamos na importância de criar condições para que as pessoas tivessem energia para trabalhar”, afirma Cesar Barboza, diretor de RH da Buser. “E o esporte ajuda muito a manter um ambiente mais leve e positivo.”
Lá, quem pratica atividade física por pelo menos quatro horas na semana, quatro vezes por mês, recebe um bônus de 10% do salário. Já quem atinge a meta em pelo menos três semanas ganha um bônus de 5%. Todo início do mês, os funcionários preenchem um formulário para contar como foram as atividades e escolher, em uma relação com cerca de 40 modalidades, quais pretendem levar adiante. A ideia é também acumular dados que possam ajudar a empresa a repensar os benefícios. “Se todo mundo falar que anda de bicicleta, podemos investigar se vale a pena fazer parcerias com empresas de aluguel de bicicleta, por exemplo”, diz Cesar.
Além disso, é possível observar quando algumas pessoas que costumavam praticar esportes passam a marcar menos atividades no mês, o que pode servir de alerta para possíveis problemas no trabalho, como a agenda mais cheia, ou até pessoais, comenta Cesar. Segundo ele, o benefício também ampliou a atratividade da empresa nos processos seletivos e entre os recém-contratados. “As pessoas ficam interessadas e muitas começam a praticar esporte para poder ganhar o valor.” No último ano, a adesão ao benefício do bônus subiu de 70% para 92%, e a do subsídio para academia foi de 30% para cerca de 50%.
Na plataforma corporativa de troca de mensagens, os funcionários compartilham fotos praticando atividades físicas e organizam, por iniciativa própria, torneios de vôlei de praia. Por isso, para Cesar, as vantagens não são só quantitativas — como o número de afastamentos por motivo de saúde próximo de zero e o baixo uso do plano médico —, mas também são sentidas na cultura da empresa. “Para nós, a prática ajuda no engajamento, na proximidade das pessoas e na criação de laços afetivos.”
Este trecho faz parte da reportagem O Avanço do Sedentarismo, da edição 81 (agosto/setembro) de VOCÊ RH. Clique aqui para se tornar nosso assinante