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Esta startup ajuda o RH a selecionar, desenvolver e medir o clima

Conheça a Pin People, que auxilia a área de gestão de pessoas gerando dados em diversos momentos da jornada do funcionário

Por Bárbara Nór
15 dez 2020, 20h13
Foto de Caio Torres, Isabella Botelho e Frederico Larcerda: confundadores da Pin People
Caio Torres, Isabella Botelho e Frederico Lacerda: confundadores da Pin People  (Divulgação/Divulgação)
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Esta reportagem foi publicada na edição 70 de VOCÊ RH.

O empreendedorismo sempre fez parte da vida de Isabella Botelho, fundadora da Pin People, startup que presta serviços para o RH. Sua família, conta, sempre foi de empreendedores. E ela continuou próxima esse universo em seu antigo emprego, na Endeavor, onde trabalhou de 2009 a 2013. Por lá, cuidou da seleção de companhias para o programa de aceleração e, mais tarde, passou a atuar diretamente com as empresas, orientando-as em relação à estratégia e ao modelo de negócios. “Tinha muito contato com empreendedores e isso com certeza me motivou a montar meu negócio”, diz Isabella.

O PROBLEMA

O embrião para a Pin People surgiu em um estágio no RH de uma grande empresa, quando Isabella cursava a faculdade de administração, em 2009. “Percebia o setor ainda muito antiquado em relação ao resto da empresa.” Ela notava que a área era pouco empoderada, em especial por não ter dados concretos para embasar suas posições. “Faltava uma tecnologia que apoiasse o RH a ser mais estratégico, como já acontecia em finanças ou no comercial.” Isso ficou em sua mente durante muito tempo – mesmo em seu trabalho na Endeavor. Em 2014, ela se sentiu pronta para empreender para resolver uma questão que afeta a maior parte dos profissionais de gestão de pessoas: encontrar candidatos com alto alinhamento cultural. Assim nasceu a Pin People.

Isabella e seu sócio, Frederico Lacerda, atual CEO da empresa, tinham o objetivo de fornecer uma solução de inteligência artificial para as empresas – o que fizeram durante quatro anos. Mas, em 2018, o horizonte se abriu. Parte da ferramenta de análise dos candidatos envolvia um acompanhamento do desenvolvimento dos contratados por um ano. O objetivo era melhorar o algoritmo de seleção, mas acabou acertando outro alvo. “Os próprios clientes começaram a pedir essa ferramenta para quem já estava dentro da empresa”, diz Isabella. Foi então que a empresa ganhou um novo sócio, Caio Torres, CTO da empresa, e uma nova estratégia. “Reposicionamos nosso modelo para nos tornar uma plataforma de experiência do colaborador.”

A INOVAÇÃO

Agora a Pin People oferece três módulos para acompanhar os empregados. “Nossos diferenciais são disponibilizar os dados em tempo real, customizar questionários e usar a inteligência artificial para gerar insights”, diz Isabella. As empresas podem escolher entre o módulo de onboarding, para os primeiros seis meses do funcionário; journey experience, que acompanha o dia a dia de todos; e offboarding, para a entrevista de desligamento.

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Nos três casos, a ferramenta da Pin People permite que a empresa dispare questões em datas determinadas para os empregados, no canal de comunicação que preferir. “Nesse processo, consigo medir como está sendo a receptividade dos novos membros, por exemplo, e corrigir o que é preciso logo no início.” Há uma biblioteca de perguntas sugeridas para cada tema e momento, mas a empresa pode incluir outras questões. “Queremos dar autonomia para que as empresas possam falar a própria língua e perguntar o que é mais relevante para elas.”

Os resultados são compilados automaticamente pelo sistema em um painel online. Nele, é possível classificar os resultados por níveis, gênero e idade, além de fazer uma análise qualitativa dos comentários, separados em tópicos como sentimentos positivos, negativos e sobre liderança. “O RH não precisa mais fazer uma apresentação segmentada para cada área e pode liberar o acesso para os líderes”, diz Isabella. “Isso faz com que as ações sejam mais rápidas e assertivas, e cada líder possa criar suas ações para o time.”

Outra inovação, para Isabella, é o módulo de journey experience, que permite o acompanhamento constante. “Dizemos que não fazemos pesquisa de engajamento, porque engajamento é consequência do dia a dia do colaborador”, diz Isabella. Assim, é a experiência diária que a ferramenta acompanha. “Em vez de fazer, de uma vez só, 80 perguntas sobre a empresa, quebramos o processo em várias questões ao longo do ano.”

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O PRÓXIMO PASSO

Durante a quarentena, a Pin People aproveitou para oferecer de graça um questionário para avaliar a experiência remota dos profissionais. “O resultado foi muito positivo: tivemos mais de 150.000 participantes”, diz Isabella. Para ela, esse momento, assim como o uso cada vez maior da integração digital, tornaram a Pin People ainda mais relevante. Agora eles estão de olho na diversificação dos clientes. “Nosso foco são grandes empresas, mas estamos trabalhando para atender empresas menores. Vamos adaptar a ferramenta para oferecer ainda mais autonomia para essas companhias engajarem seus funcionários.”

ENTRE O SEGUNDO SEMESTRE DE 2018 E 2020, A PIN PEOPLE CONQUISTOU:

300.000 profissionais impactados

350.000 pesquisas aplicadas em mais de 14 países

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Crescimento de 720% no número de pesquisas em 2020 em relação a 2019

Crescimento de 150% em 2020

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