Em um cenário em que o bem-estar e satisfação dos colaboradores tornaram-se uma prioridade nas empresas que buscam os melhores indicadores para suas estratégias de employer branding, a oferta de benefícios também deve ser vista como prioridade.
Essa informação fica evidente quando analisamos a pesquisa “Benefícios 2023”, realizada pela consultoria Robert Half, que tem o objetivo de fornecer mais informações sobre benefícios corporativos para apoiar a tomada de decisões e entender o comportamento das empresas e os desejos dos colaboradores.
Segundo a pesquisa, o vale-refeição é o segundo item mais importante para os colaboradores, atrás apenas da assistência médica. Para se ter uma ideia, quando a pergunta foi sobre o poder de escolher os benefícios de acordo com suas necessidades, as respostas evidenciam a importância dessa ferramenta: 81% concordam e 19% discordam ou não sabem responder. No entanto, quando passamos a avaliar sob a ótica empresarial, temos um cenário bastante diferente. A pergunta “na sua empresa, você pode escolher os benefícios que melhor se adaptam à sua realidade?”, 83% dos respondentes disseram não poder escolher ou personalizar seu benefício; e 17%, não pode alterar ou não receber nenhum benefício.
Os dados mostram desconhecimento do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), uma ferramenta fundamental para promover pontos ligados à saúde e à qualidade de vida dos profissionais por meio dos benefícios.
Na prática, o PAT funciona como um incentivo para as empresas oferecerem benefícios voltados para alimentação e refeição aos seus colaboradores. Ao aderir ao programa, as empresas cadastradas podem deduzir até 4% do imposto a título de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o valor pago para os funcionários que recebem até cinco salários-mínimos. Essa medida não apenas beneficia os trabalhadores, proporcionando-lhes uma alimentação mais saudável e balanceada, como também traz vantagens fiscais significativas para as empresas.
Fortalecendo a cultura organizacional
A possibilidade de escolher entre diferentes formas de remuneração e benefícios flexíveis proporciona aos funcionários maior autonomia e personalização em relação às suas necessidades individuais. Isso não só contribui para a motivação e engajamento dos colaboradores, mas também fortalece o vínculo entre empresa e equipes.
Considerando um cenário hipotético em que uma empresa tem uma receita anual de R$ 100 milhões e conta com 3 mil colaboradores, o impacto financeiro positivo da dedução fiscal de até 4% do IRPJ pode representar uma economia acima de R$ 500 mil, a partir dos valores investidos em benefícios de alimentação e refeição.
Investir no bem-estar dos funcionários não é apenas uma questão de responsabilidade social; é também uma estratégia inteligente de negócios. Ao promover o bem-estar, não estamos apenas buscando vantagens fiscais, mas sim desencadeando uma série de melhorias que dão vantagens tanto à empresa quanto aos colaboradores – que, satisfeitos e saudáveis, tendem a ser mais produtivos, engajados e leais à empresa, contribuindo significativamente para o alcance dos objetivos organizacionais.
Diante do cenário atual de transformação digital e valorização do capital humano, é fundamental que as empresas reconheçam a importância de aderir ao PAT e oferecer benefícios flexíveis aos seus colaboradores. Essa abordagem não apenas fortalece a cultura organizacional e a competitividade no mercado, mas também reforça o compromisso com o bem-estar e a qualidade de vida dos profissionais que fazem parte do seu sucesso.