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Pacotes de benefícios não atendem às necessidades de 67% dos profissionais

As empresas também estariam falhando em garantir uma boa adesão aos benefícios que oferecem: só um em cada cinco profissionais os utilizam.

Por Luisa Costa
2 jan 2024, 16h08
Peças de natureza morta em desequilíbrio
 (Freepik/Reprodução)
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67% dos profissionais afirmam que o pacote de benefícios oferecido por suas respectivas empresas não atende às suas necessidades. E uma quantia parecida (62%) diz que tais benefícios estão igualmente em desacordo com as necessidades de suas famílias.

A maioria destes pacotes consequentemente falha em melhorar a qualidade de vida dos colaboradores. É o que 61% deles afirmam. E uma parcela pequena – um em cada cinco profissionais – acaba usando, de fato, os auxílios oferecidos por suas companhias.

Estes são resultados de uma pesquisa realizada pela empresa Betterfly, que ouviu três mil pessoas, com idades entre 18 e 65 anos, que trabalham em empresas com 100 ou mais funcionários em seis países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

O diretor geral da Betterfly no Brasil, João Kohn, afirma que o descontentamento dos colaboradores acontece porque a maioria das empresas ainda oferece auxílios sem ouvir as demandas dos colaboradores. Elas também falham em comunicar seus pacotes de benefícios – daí vem a baixa adesão.

“As empresas ainda oferecem os benefícios tradicionais, quando hoje temos times diversos e de gerações distintas, com desejos distintos, no mesmo ambiente de trabalho”, defende Kohn em comunicado. “Acaba sendo um budget mal utilizado, causando frustração para os dois lados.”

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Uma pesquisa realizada pela empresa de benefícios Swile e divulgada em outubro também mostrou que existe um desencontro entre oferta e demanda. Por exemplo: à época, o auxílio educação e a assistência psicológica eram o quarto e quinto benefícios mais valorizados pelos profissionais. Mas eles só aparecem nos pacotes de 41% e 29% das empresas, respectivamente.

As duas empresas, Betterfly e Swile, trabalham com benefícios flexíveis e defendem que eles podem mitigar esta insatisfação dos colaboradores. “Quando a companhia migra para um sistema que permite uma flexibilidade, o RH consegue mostrar que está pensando no que o colaborador gostaria de receber”, afirma Kohn. “Isso agrega valor e melhora o sentimento de pertencimento daquele profissional.” 

Saiba mais sobre esta tendência dos benefícios flexíveis nesta reportagem da VOCÊ RH.

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