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Quais atitudes ajudam e prejudicam os profissionais nas redes sociais?

Especialistas consideram o LinkedIn essencial para quem quer se destacar no mercado de trabalho e explicam o que pode pegar mal nas postagens

Por Letícia Furlan
18 set 2021, 07h00
A imagem mostra uma mão segurando um smartphone, na tela estão dispostos ícones de redes sociais
 (Pexels/Tracy Le Blanc/Divulgação)
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Além de dividir momentos pessoais e de distração longe do trabalho, as pessoas têm utilizado as redes sociais também para promover sua identidade profissional em busca de empregabilidade. O LinkedIn surgiu exatamente com essa proposta e se tornou uma ferramenta importante para candidatos, funcionários e recrutadores.

“Se você está buscando um novo trabalho ou está atento à sua carreira, tem que ter um perfil ativo no LinkedIn”, afirma a consultora de carreira e headhunter Tais Targa. A especialista explica que, para ter um perfil ativo, é necessário que todos os campos estejam preenchidos, com foto, imagem de capa e todas as informações de currículo de forma clara e de fácil acesso aos visitantes.

A consultora e sócia-diretora de Resch RH, Jacqueline Resch, também cita o LinkedIn como a rede social mais apropriada para quem quer promover uma imagem profissional. “Nele você tem que traduzir muito claramente o que você tem a contribuir com as empresas, seja através da experiência que já acumulou ou de características fortes”, complementa.

Conteúdo genuíno e linguagem acessível

Com todas os campos preenchidos, é hora de se posicionar como profissional especialista de sua área de atuação. Para isso, vários tipos de postagens podem ser feitas. “Vale lembrar que um profissional formador de opinião em evidência no mercado não copia e cola uma informação na sua postagem. Mesmo que esteja compartilhado conteúdo de outra autoria, deve explicar por que está compartilhando aquele conteúdo”, afirma Tais.

Jacqueline frisa o dinamismo das redes. Os usuários devem ser ativos, fazendo postagens e participando de grupos de discussão para que sejam notados pelos recrutadores.

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No entanto, é preciso tomar cuidado com a linguagem utilizada para fugir de linguagem técnicas e jargões. “Você não está divulgando para os seus colegas ou professores, nem para você mesmo, e sim para a sua rede. É preciso fazer um exercício de empatia e entender o que sua rede quer consumir e, em respeito à sua audiência, você deve escrever com uma linguagem compatível com uma rede social”, afirma Tais.

Evite polêmicas no Linkedin

Um bom conselho é fugir de assuntos polêmicos, principalmente quando estiver buscando recolocação. “O profissional deve evitar se posicionar em postagens sobre política e publicações que falem sobre questões mais ideológicas, pelo menos neste período [da recolocação]”, exemplifica Tais.

“A pessoa precisa entender que o Linkedin é um contexto profissional. Ali ele deve mostrar os cursos que tem feito, projetos que está realizando, participar de grupos de discussão, comentar conteúdos de conexões da rede”, acrescenta Jacqueline, que também reforça que não se envolver em polêmicas é a melhor escolha. “Às vezes vejo pessoas que entram em polêmicas e brigas, que usam uma linguagem que não é apropriada e são agressivas. Isso não agrega valor ao perfil. Você pode ter uma opinião diferente, pode postar sua opinião, mas não de forma agressiva”. Para a especialista, esse conselho vale em todas as redes sociais.

Não faça do LinkedIn um “muro das lamentações”

Segundo Tais, é importante não usar o LinkedIn como um “muro das lamentações” que só vai gerar sentimento de pena. “Esses dias eu vi um post de uma mãe que tinha dois filhos, que estava passando fome e precisava de um emprego. Isso você faz nas redes privadas, para pessoas que te conhecem. Ninguém vai contratar porque você precisa, por pena. A pessoa contrata pelo que você pode trazer de resultado”.

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Também deve-se evitar reclamações e exposição de empresas. “Às vezes o profissional não foi bem atendido, participou de um processo seletivo, ficou duas horas esperando na recepção ou o recrutador não foi muito simpático, daí você vai fazer esse desabafo, ‘denunciar’ a empresa”, explica Tais.

Outra dica é não sair adicionando contatos sem o mínimo critério. “O Linkedin é uma rede social, você tem que se expor e o objetivo é convidar pessoas para ampliar sua rede. Mas você precisa de uma estratégia para isso”, afirma Tais.

E nas redes sociais pessoais, como agir?

Apesar de não ser regra geral, Tais afirma que o “stalking” é uma prática comum entre alguns recrutadores, por isso ela aconselha atenção também para as outras redes. “Não adianta dizer para o recrutador que você é caseiro que não ingere bebida alcoólica e, de repente, ter no Instagram dez fotos na balada com um copo de bebida na mão”, diz Tais. “É preciso ter coerência entre aquilo que você posta e oque você diz nos processos seletivos”, completa a especialista.

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Como headhunter, Jacqueline afirma não levar em considerações as outras redes sociais, como Instagram, Facebook, Twitter ou TikTok. Isso porque essas são redes pessoais e os conteúdos postados nelas, geralmente, não dizem respeito às empresas. Mas, a partir do momento que alguém divulgar o link delas no LinkedIn, o conteúdo deve possuir algum tipo de conexão com o trabalho ou a carreira.

Como fica a privacidade de candidatos e funcionários nas redes?

Tornar as redes privadas é uma opção que pode ser considerada por todos. “Se você é candidato, seus perfis serão vistos, caso estejam abertos. Então, tome cuidado com a sua postura e com os valores que você compartilha”, explica a especialista em mídias sociais Paula Tebett. Como funcionário de alguma empresa, é preciso atentar para não assumir a voz corporativa no seu perfil pessoal. “Não dá para falar em nome da companhia que te emprega”, explica Paula.

Para quem está empregado, Tais encoraja perguntar qual é a política da empresa para o uso das redes sociais. O ideal é que a organização tenha regras claras quanto ao que permite e ao que não permite nas redes sociais de pessoas que estão vinculadas à sua marca empregadora.

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Mas, para Jacqueline, empresas e recrutadores devem respeitar a vida privada. “O que precisamos buscar nos candidatos são competências e experiências, e temos outras técnicas para avaliar isso. Ir até espaços que não são exatamente profissionais, como Facebook ou Instagram, pode até fornecer algumas informações. Mas, antes das redes, não ficávamos olhando pelo buraco da fechadura, né?”, diz Jacqueline.

Além disso, os headhunters têm que tomar muito cuidado com o julgamento que fazem através da análise das redes sociais, que às vezes não representa exatamente a realidade. “Começamos a perceber que tinha um perigo muito grande do julgamento que não nos cabe. Como você pode ter o perigo contrário também, achando que uma pessoa é super legal pelas redes sociais, mas isso não significa que ela tenha as competências que a empresa precisa”, diz Jacqueline.

No fim, quando se trata de redes sociais, o que vale para ambas as partes – profissionais e empresas – é o bom senso.

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