Flávia Nardon começou na Gerdau, a maior produtora de aço brasileira, como estagiária de comunicação há vinte anos. Mas se apaixonou pela gestão de pessoas, pouco a pouco, e hoje ocupa a cadeira de líder global de Gente e Responsabilidade Social da companhia. O setor de Flávia mudou nessas duas décadas, assim como a própria Gerdau, que começou a investir na transformação de sua cultura em 2014.
Para falar sobre os bastidores desse processo e sobre as boas práticas de gestão da companhia, nós convidamos a executiva para o 20º episódio do RHadioCast, disponível no canal do Youtube da Você RH. Confira abaixo:
Flávia afirma, em entrevista, que o quadro de funcionários da Gerdau inclui muitas pessoas como ela, que têm uma longa história com a empresa. Qual é o segredo? “É uma companhia que está sempre se reinventando e que dá muita autonomia para os executivos e outros funcionários”, ela afirma. “Eu me sinto uma aprendiz todos os dias. E passar vinte anos no mesmo lugar é uma delícia: você constrói uma relação de respeito e carinho muito grandes com a empresa e os seus colegas.”
Após contar sobre sua trajetória, Flávia explica o papel de uma líder global de RH: conhecer as particularidades e oportunidades de cada região, trabalhando com os times locais, além de entender os desafios e traçar os objetivos globais da Gerdau. “Eu olho para diversos stakeholders [no meu trabalho cotidiano] e estou sempre pensando no futuro sem deixar de trabalhar com o presente”, explica. “Preciso pensar, por exemplo, sobre quais perfis de líderes serão necessários para a Gerdau no longo prazo.”
A executiva também falou, claro, sobre a evolução da cultura organizacional. A Gerdau teria abandonado um estilo de gestão mais autoritária e burocrática para ganhar agilidade na tomada de decisões – e para oferecer mais autonomia aos seus profissionais, o que estaria impulsionando a inovação na companhia.
Flávia acredita que uma boa gestão de cultura é “completamente essencial” para o sucesso do negócio. “Não adianta sonhar em ser a empresa mais inovadora do mundo, por exemplo, se eu não tenho uma cultura de inovação. Você precisa se perguntar se estimula os comportamentos que te aproximam do seu objetivo – e condena aqueles que te afastam.”
A entrevista também abordou temas como liderança humanizada e conciliação entre filhos e carreira. (Flávia é mãe de três crianças, e brinca que a maternidade é um MBA em gestão de pessoas.) Confira no vídeo completo.