Black Friday: assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Sobe o som: os podcasts chegaram no mundo corporativo

Os programas de áudio ganham espaço no mundo corporativo e se transformam numa importante ferramenta de conteúdo

Por Natalia Gómez, da VOCÊ RH
Atualizado em 15 dez 2020, 10h13 - Publicado em 25 set 2019, 06h00
Cláudia Dias, gerente de comunicação da divisão Farma da Novartis: programas voltados para profissionais que ficam fora do escritório |  (Foto: Germano Lüders //VOCÊ RH)
Continua após publicidade

Ouvir podcasts está se transformando em mania nacional. Em 2018, o Brasil foi o segundo país que mais baixou programas desse tipo no mundo, segundo a Blubrry, comunidade e diretório de podcasts. Há uma década, nem aparecíamos na lista dos dez maiores mercados. Mas existe espaço para crescer: de acordo com uma pesquisa do Ibope, apenas 40% dos 120 mi­lhões de internautas brasileiros já escutaram um podcast.

Embora programas amadores sejam parte relevante desse meio, as grandes empresas já despertaram para a nova mídia. Além de produzirem os próprios podcasts abertos ao público em geral, várias companhias estão começando a criar conteúdo dedicado à comunicação interna.

O grande atrativo dessa forma de comunicação que, na essência, lembra um programa de rádio é o fato de ela poder ser consumida de qualquer lugar: com um smartphone a postos, as pessoas ouvem podcasts no carro, no metrô ou na academia.

Para as organizações, essa flexibilidade pode ser uma oportunidade para estimular os profissionais a se atualizarem sobre as melhores práticas do mercado e sobre as novidades da própria companhia. “As empresas não têm por que desperdiçar essa mídia fácil e aberta”, diz Ricardo Nagib Scaff, sócio da PodCasting Brasil.

Foi por essa razão que a Nielsen Brasil, especializada em pesquisa de mercado, decidiu criar os próprios podcasts: um aberto para o público e outro fechado para sua equipe interna. Segundo a diretora de marketing e comunicação, Mariana de Paula, a companhia gera uma quantidade muito grande de conteúdo sobre consumo online e offline no país, mas as pessoas não têm tempo para ler tudo o que é produzido.

“Decidimos desenvolver podcasts porque é um formato mais conveniente para atingir nosso cliente final e o cliente interno. Ele acompanha as pessoas, traz flexibilidade e agilidade”, afirma.

Continua após a publicidade

O podcast aberto da Nielsen Brasil será lançado em agosto e trará tendências de consumo. Com duração de 15 a 25 minutos, os episódios vão dar referências de materiais complementares para leitura, que ficarão disponíveis no site. “Queremos que seja como uma conversa de fácil compreensão, que possa interessar a qualquer pessoa”, diz Mariana.

A Nielsen também pretende fazer podcasts mais curtos para compartilhar notícias sobre eventos ou novidades de outras áreas. Nesse caso, a divulgação será esporádica. Além de ser voltado para os clientes, esse conteúdo deverá ser útil para a comunicação interna, pois ajudará as equipes a ficarem informadas sobre o que acontece dentro da Nielsen.

Segundo a diretora de RH da companhia, Thalita Ribeiro, o podcast auxiliará no processo de integração de novos funcionários, pois eles poderão baixar os episódios. A mesma lógica vale para os profissionais da Nielsen que querem ou precisam se reciclar. “É uma forma de o público interno se atua­lizar com as pesquisas que estão sendo lançadas”, afirma.

Em paralelo, a Nielsen está preparando um podcast voltado para sua equipe comercial, que tem cerca de 300 empregados. Com lançamento previsto para outubro, os programas (que têm entre 5 e 10 minutos) vão explicar quais são as principais soluções e os produtos oferecidos pela companhia.

Continua após a publicidade

Tudo para preparar o time de vendas para os negócios. A expectativa é que esses funcionários aproveitem os momentos de deslocamento entre o escritório e os clientes para consumir o conteúdo.

Baixo custo, alto alcance

Um dos pontos positivos dessa nova mídia é seu baixo custo de produção, principalmente em comparação aos vídeos. Isso ajuda a convencer a alta liderança a colocar programas desse tipo no ar.

“Em geral, quem tem a ideia de fazer um podcast é um fanático por podcast, enquanto outras pessoas que trabalham ali não têm ideia do que seja. Por isso o custo baixo acaba sendo um fator favorável”, diz Leo Lopes, radialista e fundador da Rádiofobia, consultoria especializada no assunto.

Sobe o som: os podcasts chegaram no mundo corporativo
Continua após a publicidade

Outra vantagem é suprir a necessidade por informação rápida. “O público mais jovem e tecnológico não tem mais o hábito da leitura. Mas o podcast é um jeito de se instruir que esse pessoal realmente gosta”, diz Paulo Campos, especialista em desenvolvimento de líderes e professor na ESPM e no Insper.

Claro que, para saber se o conteúdo foi absorvido, é necessário pedir feedbacks. Por isso, vale aplicar uma pesquisa de avaliação entre os ouvintes.

Embora muitos podcasts famosos sejam longos, com duração superior a 1 hora, os corporativos tendem a ser mais curtos — e precisam ter um formato que combine com o estilo de vida de seus funcionários.

Na farmacêutica Novartis, por exemplo, o objetivo do podcast é aproveitar o tempo de deslocamento dos profissionais que trabalham visitando médicos e operadoras de saúde. “Eles estão espalhados por todo o país e vivem grande parte do tempo dentro de seus carros, é muito solitário”, afirma Cláudia Dias, gerente de comunicação da divisão Farma da Novartis.

Continua após a publicidade

Um dos programas terá duração de até 10 minutos e trará entrevistas com empregados sobre como aplicar a cultura organizacional na prática. Outro, também de até 10 minutos, terá mesas-redondas com líderes discutindo sobre como desenvolver competências. O mais curto de todos, de 3 minutos, terá dicas rápidas para os 400 profissionais da Novartis que estão em trânsito constante.

Sobe o som: os podcasts chegaram no mundo corporativo
Fernanda Marim, gerente de experiência do empregado da Mapfre: o formato do podcast vai de entrevistas a noticiário | Foto: Luisa Santosa ()

A Mapfre é outra que aderiu à novidade. A seguradora lançou seu primeiro podcast em abril, com cinco episódios de 30 minutos que traziam entrevistas com profissionais atuantes no mercado de inovação. A iniciativa ocorreu durante a semana de inovação promovida pela própria companhia.

Continua após a publicidade

O retorno foi tão positivo que a empresa fez uma segunda temporada, mas dessa vez com duração mais curta — 20 minutos por episódio ­— e outros formatos além de entrevistas, como debates e noticiários. A segunda série de episódios vai abordar o planejamento estratégico da companhia para 2021.

“Queremos que todos se sintam incluídos e entendam sobre o negócio”, afirma Fernanda Marim, gerente de experiência do empregado da Mapfre Brasil. Com o áudio e a possibilidade de acessar o conteúdo de qualquer lugar, a aproximação fica bem mais fácil de conquistar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.