No último ano, o número de empreendimentos de coworking aumentou em 20% no Brasil. Hoje, há 2.986 espaços desse tipo no país, segundo o Censo Coworking 2024, pesquisa realizada pela Woba. Tal crescimento se deve à economia de até 50% que eles proporcionam às empresas, em comparação ao modelo tradicional de locação. Por isso, 74% dos diretores ou C-levels acham que os escritórios compartilhados são benéficos para suas empresas.
Os empreendimentos que abrigam um segmento específico costumam oferecer o espaço a profissionais de TI – disponibilizando mesas compartilhadas com monitor extra, por exemplo. Mas a maioria dos coworkings são multidisciplinares, e atender às necessidades de setores distintos pode ser desafiador.
“Enquanto startups de tecnologia precisam de uma infraestrutura robusta de TI, profissionais criativos geralmente preferem espaços abertos e inspiradores”, explica Marco Crespo, diretor de operações da Woba. “Então é fundamental [para os empreendedores do ramo] pensar em uma configuração flexível do espaço, identificando o melhor layout para acomodar atividades e equipes variadas.”
A pesquisa também identificou tendências entre os escritórios compartilhados, como a oferta de ambientes dedicados a crianças, salas de amamentação e áreas para eventos corporativos. Também cresce o número de empreendimentos que aproveitam ambientes para outros fins, transformando-os em espaços comerciais e até galerias de arte. A sustentabilidade também está em alta: 52% dos espaços de coworking implementam práticas de responsabilidade social ou ambiental – e apenas 2,3% não têm planos de adotá-las este ano.
Ar condicionado, sala de reunião e café gratuito são itens obrigatórios nesses escritórios, segundo os entrevistados – em sua maioria, fundadores, sócios e gerentes de coworkings nas regiões Sul e Sudeste. O que destaca um empreendimento no mercado, por sua vez, é a oferta de estacionamentos conveniados e de graça; o funcionamento 24 horas e pet-friendly; e a possibilidade de atendimento em outras línguas.
Uma versão reduzida deste texto faz parte da edição 92 (junho/julho) da Você RH. Clique aqui e confira os outros conteúdos da revista impressa.