mbientes tóxicos de trabalho prejudicam o bem-estar dos funcionários, levando ao aumento de casos de ansiedade e depressão, estresse e esgotamento — e, consequentemente, à improdutividade. Mas é possível identificar quando as condições estão ficando ruins, afirma Alexandre Weiler, consultor de carreira da escola de negócios ESIC Internacional. Veja os cinco sinais, segundo o especialista.
1. Comunicação ruim
“Seja pela escrita, seja pela fala, demonstrar empatia com a forma com que cada um se comunica é essencial. É necessário saber ouvir e ter certeza de que o funcionário entendeu a mensagem”, diz Alexandre.
2. Excesso de competitividade
“Incentivar a competitividade dos funcionários é promover um ambiente tóxico”, afirma o consultor. “A cooperação mostra o real valor dos profissionais. Cada um com suas competências e habilidades, todos trazem para o grupo a contribuição para o sucesso da empresa.”
3. Microgerenciamento
“O papel do líder é delegar, monitorar, suprir, demandar e corrigir. Ele deve ser o exemplo a ser seguido, mas precisa confiar nos funcionários para que se sintam capazes de realizar suas tarefas”, diz Alexandre.
4. Bullying corporativo
“Profissionais que almejam o sucesso devem combater fortemente as fofocas e o bullying. Para isso, precisam evitar fazer parte de grupos que alimentam esses comportamentos e até mesmo comunicar as lideranças em casos mais complexos para que alguma atitude seja tomada”, afirma o especialista. “Pergunte-se: ‘A informação que recebi é verdadeira?’, ‘Tem alguma utilidade ou vai prejudicar alguém?’. Respeito e empatia são essenciais nesse momento.”
O bullying também pode acontecer quando uma liderança passa a tratar de forma diferente alguém da equipe, deixando de compartilhar informações com esse profissional ou tentando isolá-lo. Há casos que podem, inclusive, configurar assédio moral.
5. Alta rotatividade
Em alguns casos, o turnover maior se explica pela alta demanda de profissionais qualificados no mercado, fazendo com que a disputa por talentos seja intensa. Mas é comum também que empresas enfrentem um entra-e-sai acima da média, indicando que algo não vai bem na cultura corporativa — ou na liderança, quando o problema se concentra em determinados departamentos. Esse último caso, geralmente relacionado à gestão imediata, é mais delicado, porque as dificuldades enfrentadas por uma equipe podem não chegar ao RH ou à alta liderança. Daí a necessidade de estabelecer práticas consistentes de escuta, incluindo canais anônimos e isentos para denúncia.