Um levantamento feito pela plataforma Capterra mostra que sete em cada dez pessoas tiveram algum sintoma de burnout desde que começaram a trabalhar em casa. Outro estudo, do Instituto Ipsos, aponta que 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou no último ano. As consequências são times mais desmotivados e pouco produtivos, o que se reflete diretamente no clima, nos resultados da empresa e na atração de talentos. Um dos motivos do aumento de doenças mentais é o volume de trabalho, que se intensificou com a adesão das empresas ao home office. Sem horário para entrar e sair, os funcionários passaram a trabalhar sem interrupção.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 70% dos profissionais brasileiros dizem estar com cargas de trabalho mais altas. O aumento se deve a questões como redução de times, metas mais rigorosas e insegurança por conta da instabilidade da economia. Tudo isso pode levar as pessoas à exaustão e as companhias à perda de competitividade e marca empregadora.
Lidar com esse cenário requer uma nova postura do RH, que deve olhar as pessoas de forma integral e individualizada. Isso exige uma mudança de cultura, na qual as pessoas estejam em primeiro lugar e haja um ambiente que garanta a segurança psicológica dos funcionários, ou seja, caracterizado pela confiança que os funcionários têm em expressar opiniões, dar ideias, fazer perguntas, e, principalmente, saber que o erro faz parte do processo e pode ser fonte de aprendizado e não de punição. Tão importante quanto esses pontos está o trabalho da área em incentivar e oferecer ferramentas para manter a qualidade de vida.
Essa é a proposta da Betterfly, empresa que conta com uma plataforma de benefícios digitais que recompensa hábitos saudáveis com um seguro de vida e a opção de doar para instituições sociais. Na prática, a plataforma rastreia e recompensa os bons hábitos dos colaboradores com doações a ONGs parceiras e com o aumento na cobertura do seguro de vida. Isso quer dizer que se o funcionário realizar atividades como caminhar, meditar ou praticar esportes, recebe “BetterCoins”, moedas virtuais, e pode trocá-las por doações sociais para uma causa à sua escolha, além de aumentar a sua proteção financeira por meio do seguro de vida dinâmico. Os usuários podem progredir nos níveis, enfrentar desafios e competir nas tabelas de classificação da empresa.
Entre os benefícios oferecidos estão telemedicina, ações de saúde mental, programas de exercícios, orientação nutricional e educação financeira. Tudo isso para fornecer um ecossistema integrado com o propósito de melhorar, proteger e transformar a vida das pessoas. “O objetivo é que as pessoas possam usufruir de benefícios em vida, democratizando o acesso ao bem-estar físico, mental e financeiro e, ao mesmo tempo, impactando a comunidade”, diz Eduardo della Maggiora, CEO da empresa. Segundo ele, oferecer um benefício deste tipo pode ser um diferencial competitivo para companhias que desejam reter e engajar os funcionários. Além disso, traz resultados efetivos. De acordo com dados da OMS, cada dólar destinado por governos e organizações a políticas e tratamentos para manter equipes psicologicamente sadias resulta em retorno de 4 dólares em produtividade.
Por dentro da Betterfly
A empresa está presente em mais de 2.500 companhias. Na parte social, são mais 49 mil de litros de água potável levados a regiões com dificuldades de acesso, cerca de US$ 1 milhão em doações para diferentes ONGs e causas sociais, 300 mil árvores plantadas e em torno de 3 milhões de refeições doadas para crianças carentes em toda a América Latina.