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5 práticas eficazes para evitar o languishing nas empresas

Criado em 2002, o termo "languishing" se refere a pessoas que sentem que “apenas existem”, percepção compartilhada por cada vez mais profissionais

Por Fernanda Colavitti
Atualizado em 27 jan 2023, 10h39 - Publicado em 17 mar 2022, 18h46
Uma mulher está sentada com a cabeça apoiada em uma janela, aparentemente pensativa
 (Pexels/ Liza Summer/Divulgação)
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riado em 2002 pelo sociólogo norte-americano Corey Keyes, o termo “languishing” se refere às pessoas que não estão deprimidas, mas também não “floresciam”. Vinte anos depois, a expressão nunca esteve tão atual. Em um estudo sobre saúde mental realizado em abril de 2021 pela empresa de pesquisa de mercado Ipsos com 1.014 norte-americanos acima de 18 anos, 21% dos entrevistados disseram estar vivenciando o languishing. Quatro em cada dez experienciam o “florescimento” e os demais afirmam não se enquadrar em nenhum destes estados.

Para prevenir o languishing nas empresas, a neurocientista Thais Gameiro, especialista em neurociência organizacional, e a psicóloga Ana Carolina Peuker, CEO da Bee Touch, indicam estas práticas:

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Repense o desenvolvimento

Muitas vezes, as empresas oferecem treinamentos que não são compatíveis com o que os funcionários querem aprender. “Será que todos os cursos precisam ser técnicos?”, questiona Thais. Promover conhecimento em outras áreas, mesmo que seja algo que não faça parte da jornada de trabalho, é uma forma de fazer os profissionais sentirem que estão aprendendo algo novo e se movendo adiante.

Defina prioridades

Quando há muitas metas e tarefas para darem conta, as pessoas se sentem constantemente sobrecarregadas e têm a percepção de que não realizaram nada. “O profissional acaba o dia com a sensação de fracasso”, diz Thais. E isso acontece mesmo com os mais produtivos. Portanto, é preciso que os gestores definam as prioridades e ajudem a equipe a cumpri-las. “Mas objetivos de longuíssimo prazo desmotivam”, afirma a especialista. Então, é preciso dividi-los por períodos: cumprir
a meta do ano significa dar conta de uma parte dela toda semana.

Aumente a autonomia

A falta crônica de poder de decisão é um dos maiores desmotivadores do mundo corporativo, porque as pessoas concluem que estão ali só para cumprir ordens. Isso vai minando a motivação e gerando um estado de languishing.

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Estimule os talentos

Conheça as habilidades de quem trabalha com você. “Evite colocar o atacante na função do goleiro”, diz Ana Carolina. Da mesma forma que uma pessoa com uma tarefa que está além de suas capacidades pode adoecer por não dar conta do trabalho, profissionais com funções abaixo de suas competências se sentem desmotivados, desvalorizados e incapazes.

Promova a resiliência

Fortalecer o preparo emocional para lidar com crises é um fator importante. As equipes são muito mais resilientes quando os integrantes confiam uns nos outros. Portanto, vale favorecer a colaboração entre as pessoas, incentivando, por exemplo, o trabalho em equipes multidisciplinares. Outra iniciativa fundamental é reconhecer o trabalho dos funcionários não apenas no fim do ano. “Cada líder pode refletir com sua equipe sobre as conquistas da semana, do mês ou do trimestre”, diz Thais, acrescentando a importância de falar sobre os aprendizados que surgem com os erros, em vez de punir os deslizes. “Isso ajuda na percepção de progresso”, afirma.

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