A pandemia da covid-19 se apresentou como um desafio para todos, sobretudo no âmbito profissional. Mas uma pesquisa da Duomo mostrou que CEOs, profissionais de RH e funcionários têm visões diferentes sobre o período entre o início de 2020 e o final de 2022. Ao todo, foram ouvidas 120 pessoas de diversos cargos pela empresa de aprendizagem corporativa.
Para quase 65% dos presidentes e diretores, a motivação melhorou no período, enquanto 53% dos funcionários tiveram a mesma percepção. Quanto aos profissionais da área de recursos humanos, apenas 27% concordaram com a afirmação, mostrando-se menos otimistas. Para Joacir Martinelli, fundador da Duomo, essa divergência pode ter a ver com o aumento da demanda de trabalho por parte dos RHs durante o período, o que resulta em uma visão mais negativa.
Sobre a qualidade no ambiente de trabalho, os CEOs também se mostraram mais otimistas: 50% afirmam ter melhorado. Mas apenas 24% dos profissionais do RH dizem o mesmo — entre os gestores, são 29%; entre os funcionários, 35%.
A contradição se faz presente na pesquisa novamente quanto a oportunidades de treinamentos. Para 62,5% dos presidentes e diretores, houve melhora nesse quesito. Mas apenas 29% dos funcionários e 34% dos profissionais de RH compartilham da mesma opinião.
Joacir alerta que visões extremamente divergentes podem afetar o relacionamento entre os profissionais e o desempenho da empresa. Por isso, é fundamental avaliar as percepções entre os funcionários de diferentes cargos e, mais do que isso, refletir se a comunicação entre as áreas está sendo efetiva e se as informações estão sendo repassadas.
Outros resultados
A pesquisa também identificou quais são as perspectivas dos profissionais para 2022 quanto ao modelo de trabalho. Segundo os resultados obtidos, o 100% remoto tende a recuar, em comparação com o praticado na pandemia. O híbrido continua em alta: atualmente, o modelo, que mescla o home office com a ida ao escritório é o mais utilizado, sendo adotado por quase 60% dos respondentes.
Em segundo lugar, 26,2% dos participantes estão no modelo presencial e 12,5% vão migrar para o modelo no próximo ano. No modelo totalmente remoto estão apenas 14% dos profissionais que foram entrevistados.
De acordo com os especialistas da Duomo, um dos principais motivos relatados pelos gestores para a impopularidade do modelo totalmente remoto é o receio de que a cultura da empresa se perca caso o formato seja praticado por longos períodos.
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