Imagens de carros esportivos nas paredes, bancos que imitam a arquibancada de um autódromo, paredes de vidro e nenhuma baia entre os computadores. Essa foi a maneira encontrada pela Audi para traduzir no ambiente físico do escritório em São Paulo a sua cultura corporativa.
A mudança começou em 2013 com a chegada do novo presidente, o alemão Jörg Hofmann. Sua missão era aumentar em cinco vezes a venda de automóveis da marca no Brasil até 2020. Para isso, os modelos A3 e Q3 passariam a ser montados localmente. Isso exigiu um grande investimento na operação brasileira e fez o quadro de funcionários passar de 65 para 250 entre 2013 e 2015.
A Audi se mudou para o novo escritório em outubro de 2015 e decidiu ressaltar os valores corporativos desejados, como a comunicação transparente e a integração entre os departamentos. A interação foi alcançada com a criação da Audi Platz (praça, em alemão), um espaço para reuniões informais, treinamentos, festas e até eventos corporativos. A área conta com mesas de bilhar e pebolim, máquinas de café e petiscos, um bar e um palco que, ocasionalmente, recebe a banda formada pelos próprios funcionários da Audi — e na qual Hofmann é o vocalista.
“A questão do engajamento era muito importante para nós. Queríamos ver as pessoas orgulhosas de trabalhar aqui”, afirma Mariana Aguilar, gerente de RH da empresa. A nova cultura tem trazido bons frutos: enquanto em 2013 foram vendidos 5 700 veículos da marca Audi, em 2015, o número saltou para 17 500 unidades.