O RH da Siemens tem de dar conta de 200 e-mails por dia
São Paulo – O dia do paulista Marcos Cunha, 55 anos, diretor de RH da Siemens, começa às 6h30. Depois de uma caminhada de 40 minutos em Alphaville, na Grande São Paulo, onde mora, ele toma café da manhã com a esposa e a filha, de 4 anos. Cristão, da Igreja Presbiteriana, antes de sair para o trabalho, Cunha não esquece suas orações. Com o corpo e o espírito preparados, ele começa seu dia.
De casa para o trabalho.
Cunha sai de casa às 7h45. Com um motorista, conforto oferecido pela empresa para o cargo que ocupa, ele pode dedicar esse momento à leitura de bordo, como ele chama os artigos, jornais e revistas que o acompanham nesse trajeto. É entre a casa e o trabalho que Cunha também faz ligações e resolve com a secretária sua agenda, que registra, em média, seis reuniões por dia.
No trabalho.
Às 8h15, quando chega ao escritório, Cunha já encontra uma garrafa de água com gás na sua mesa, para que ele não se esqueça de tomar bastante líquido durante o dia — recomendação do médico. Depois de ler as principais notícias sobre a empresa, é hora de atacar os e-mails. Primeiro, os que vêm do presidente e da Alemanha, sede da empresa. O restante ele separa pela urgência de decisão. Por causa do volume de e-mails que recebe diariamente — cerca de 200 — ele precisou determinar horários para abri-los: no início da manhã, depois do almoço e no final do dia. Quando o assunto é importante, ele usa o telefone ou convida a pessoa para uma conversa. Para Cunha, o contato pessoal é fundamental para o desenvolvimento do trabalho. Durante o dia, procura fazer intervalos para tomar cafezinho na copa — um meio de encontrar mais gente. No almoço, faz reuniões com os quatro gerentes de sua equipe e pessoas de outras empresas, no próprio restaurante da Siemens.
Do trabalho para casa.
A partir das 18 horas, ele dedica espaço para as tarefas que necessitam de tranqüilidade e refl exão, como planejamento de novos projetos e relatórios. Às 20h, depois que sai da empresa, dependendo do estresse, procura jogar tênis, mas confessa que prefere sair para jantar, ir ao teatro ou ao cinema com a esposa. Em casa, evita atender telefones e ligar o computador, para se dedicar à família.