Black Friday: assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Para brasileiros, combate à desigualdade deve ser prioridade das empresas

Pesquisa sobre futuro do trabalho da Salesforce ainda mapeia que os profissionais do Brasil querem que as companhias capacitem a força de trabalho

Por Hanna Oliveira
Atualizado em 10 dez 2020, 20h21 - Publicado em 5 out 2020, 14h32
 (Negative Space/Pexels/Divulgação/Divulgação/Divulgação)
Continua após publicidade

Quais são o cenário do mundo do trabalho durante a pandemia e as transformações causadas pela aceleração digital? Essas são as principais perguntas que a pesquisa Futuro do Trabalho, conduzida globalmente pela Salesforce, empresa de softwares por demanda, quer responder. O estudo, divulgado hoje (5/10), ouviu mais de 20.000 trabalhadores, entre eles, 2.000 brasileiros.

Segundo Fabio Costa, general manager da Salesforce para o Brasil, “o objetivo foi entender a percepção da população sobre os impactos da pandemia e como as empresas vão se preparar para o futuro do trabalho”. A pesquisa foi dividida em seis eixos, que dizem respeito a diferentes aspectos das percepções dos trabalhadores: o estado do mundo, ações das instituições para melhorar o mundo, reabertura e segurança, a revolução do trabalho remoto, a revolução das mudanças de habilidade e o papel dos negócios e da tecnologia.

O estado das coisas

No que diz respeito à percepção dos entrevistados sobre desigualdades, os brasileiros apresentam uma visão mais pessimista do que a global – 89% acreditam que a igualdade de renda ainda não está melhorando no Brasil, enquanto na percepção global, esse número cai para 84%.
Para Fabio Costa, que apresentou o estudo em coletiva de imprensa hoje pela manhã, há um longo caminho a ser percorrido pela iniciativa privada nesse sentido. “A gente tem uma avenida de trabalho a ser feito para que a melhoria da igualdade de renda aconteça”. Ainda sobre indicadores de desigualdade, 81% dos brasileiros acham que a igualdade racial não está melhorando.
Sobre o trabalho remoto, 70% dos brasileiros acreditam que essa modalidade diminui os indicadores de desigualdades sociais, embora 71% pensem que o trabalho remoto é viável apenas para uma parte da população. “A transformação digital vai levar um tempo para modificar a forma de trabalho de uma boa parcela da população empregada do nosso país”, explica Fabio, adicionando que muitas das funções exercidas hoje no Brasil exigem a presença física dos funcionários em seus postos de trabalho.

Mais do que lucro, responsabilidade

Quando o assunto é confiança na empresas para a construção de um futuro melhor, 82% dos brasileiros acreditam nas companhias para isso. O Brasil é um dos países em que as pessoas têm mais expectativa de que as empresas tenham papel de importância. Globalmente esse número é de 60%. Inclusive, no que diz respeito a responsabilidade para a diminuição de desigualdades globais, 70% dos brasileiros disseram que essa deveria ser a prioridade das empresas. “No caso do Brasil, há uma expectativa muito grande de que a iniciativa privada tenha um papel relevante na transformação da forma do trabalho”, explica Fabio. 

As habilidades do futuro, agora

Estamos vivendo num cenário atípico e de aceleração da transformação digital causada por uma crise humana, assim, as habilidades do futuro que poderiam ser desenvolvidas com menos celeridade, agora precisam ser adquiridas para ontem. Mas de quem é essa responsabilidade? Para 75% dos entrevistados do Brasil, o desenvolvimento da força de trabalho deveria ser uma prioridade das empresas. E esse, inclusive, pode ser um fator primordial para o crescimento de uma companhia como aponta Fabio: “Não tem como ela ser uma empresa competitiva se ela não capacitar a mão de obra que ela emprega”.
Se o momento pede essa capacitação acelerada, há um enorme interesse de trabalhadores do país em adquiri-la, como mostra o indicador de que 71% relataram estar mais interessados em aprendizados e treinamento online desde o início pandemia. Contudo, justamente, por se tratar de uma crise humana, com desdobramentos na saúde, economia e acirramento de desigualdades, metade das pessoas disseram estar nervosas demais para buscar o aprendizado online neste momento.”Cinquenta porcento deles ainda têm o período de pandemia como um período complexo, provavelmente por inseguranças financeiras, de saúde, desafios na dinâmica da casa, com crianças ou com idosos e assim por diante”, explica Fabio. 

Escritório em casa

Quando o escritório migra para dentro da casa das pessoas, os impactos podem ir muito além de questões como infraestrutura e capacitação digital. Na percepção dos brasileiros, por exemplo, características como colaboração, criatividade, inovação, e produtividade são favorecidas em um ambiente de home office.
E o trabalho remoto parece ganhar ainda mais valor entre os brasileiros, com 52% afirmando que trocariam de emprego se isso significasse que poderiam executar as tarefas à distância. Apontando para um caminho que parece não ter volta, um marco na relações de trabalho pode ter sido alcançado: “Começamos a ver o trabalho remoto entrando na vida das pessoas. Ele passa a ser uma alternativa para as pessoas”, conclui Fabio.
Além disso, o debate sobre saúde mental cresce e se torna prioridade: para os brasileiros, a saúde mental precisa ser a maior preocupação das companhias nos próximos seis meses.

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de VOCÊ RH? É só clicar aqui para ser nosso assinante.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.