Por que sua empresa precisa de mais empatia
Colocar-se no lugar do outro nas crises é a melhor estratégia para preservar os resultados, inspirar a liderança e fortalecer o engajamento
No início de março, a Organização Mundial da Saúde declarou uma pandemia global, ocasionada pela disseminação do novo coronavírus. Desde então, surgiram muitas histórias de solidariedade envolvendo pessoas de todo o mundo.
Vimos casos de fabricantes de cosméticos suspendendo a operação para produzir álcool em gel, empresas oferecendo abastecimento de materiais e equipamentos gratuitos para profissionais de saúde, e até pessoas de cidades inteiras tocando instrumentos musicais de suas varandas para deixar a quarentena mais leve.
A questão é que a empatia, ou a capacidade de se colocar no lugar do outro, nunca esteve tão em alta — seja nas ruas, seja nos corredores dos escritórios. Comum aos psicólogos, há um tempo essa palavra se tornou muito utilizada no vocabulário empresarial.
Um estudo da consultoria Businessolver divulgado em 2019, que ouviu 1.850 trabalhadores, profissionais de RH e executivos dos Estados Unidos, revelou que 79% dos CEOs reconhecem a empatia como chave para o sucesso das companhias. E essa percepção se fortaleceu nos últimos anos. Em 2017, a mesma pesquisa mostrava que 57% dos executivos acreditavam ser importante investir nessa habilidade no ambiente de trabalho. Em 2019, o índice saltou para 79%.
Por que isso acontece? Uma das explicações é o fato de que profissionais que compreendem como os outros se sentem e criam laços de afetividade com colegas e clientes conseguem resultados melhores. Prova disso é que as dez primeiras empresas no ranking Global Empathy Index de 2016, feito pela consultoria The Empathy Business e que analisou 170 empresas americanas, indianas e europeias em categorias como liderança e cultura organizacional, lucravam 50% mais em comparação com as dez piores.