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Vívian Rio Stella

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Doutora em Linguística pela Unicamp. Idealizadora, curadora e professora da VRS Academy, pesquisa e desenvolve trabalhos voltados à lifelong learning
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5 formas de se comunicar com mais eficiência e criar conexão

Seja falando em público ou para engajar sua própria equipe como gestor, a comunicação é uma das competências mais valorizadas em vários contextos

Por Vivian Rio Stella, colunista de Você RH
Atualizado em 13 jun 2022, 09h20 - Publicado em 31 Maio 2022, 06h18
Pessoas conversam no escritório
 (Austin Distel/Pexels/Divulgação)
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ideramos pelas palavras ditas e não ditas, pelos sentidos que atribuímos ou que não percebemos nos atos cotidianos. Somos, portanto, atravessados e mediados pela linguagemNão à toa, uma das competências mais valorizadas no mercado profissional é a comunicação, nos mais diversos contextos: falar em público, mediação de conflitos, gestão de processos e projetos, motivação e engajamento das pessoas. Embora cada contexto nos demande escolhas estratégicas, das mais às menos sutis, vale destacar cinco práticas que propiciam eficácia e conexão. Todas elas se baseiam em perguntas; afinal, é no diálogo — ainda que consigo mesmo — que podemos encontrar novos caminhos.

  1. Defina e verbalize o objetivo: o que se pretende com uma reunião, um e-mail ou um contato no chat ou WhatsApp? Pergunte-se antes mesmo de começar a falar ou escrever. Essa prática  lhe convida a sair do modo automático e pensar: será que precisa ser por e-mail? Será que devo envolver todas essas pessoas mesmo? Uma vez que escolher a forma de se comunicar, verbalize sua intenção, seja no começo de sua fala, no primeiro parágrafo do texto ou na pauta da reunião, enviada antes mesmo de o encontro ocorrer. 
  2. Diferencie canais síncronos dos assíncronos: por que é preciso despender tempo das pessoas para que estejam juntas, ao vivo (presencial ou remotamente)? Qual o impacto de documentar as etapas das ações em vez de ir fazendo em prol de um prazo específico? Essas questões nos fazem pensar duas vezes antes de criar um novo “invite” ou mandar aquele “audiozão” para alguém. Como comunicação não é um quebra-cabeça, com uma única resposta; mas sim uma brincadeira de lego, repleta de peças e combinações, não há canais mais ou menos eficazes. O que não podemos é seguir ocupando o tempo das pessoas em canais síncronos, como reuniões ao vivo, quando era possível resolver o problema em uma troca de e-mail.
  3. Diga o que parece óbvio: será que “urgente” quer dizer a mesma coisa para diferentes pessoas? Será que uma frase basta para pedir algo pela primeira vez? Essas e outras perguntas podem nos fazer sair do nosso lugar de conhecedores de um assunto, projeto ou processo e ver o que está diante de nossos olhos. Eu mesma, outro dia, fui perguntada por que organizava meus cursos por clientes e não por temas, algo que me parecia tão familiar e passou a fazer outro sentido depois dessa pergunta. Dizer o que parece simples e óbvio pode abrir espaço para conexões, empatia e negociações produtivas para todas as pessoas envolvidas.
  4. Compreenda um “não” sem julgamentos: ao ouvir um não, podemos entrar num túnel de julgamentos: essa pessoa não gosta de mim, ela é pouco comprometida, ela está de má vontade, ela não entende a urgência. Que tal encarar um “não” como uma pausa para ouvir, compreender, aprimorar processos, estreitar relações, perceber que a agenda está realmente tomada, que o volume de pedidos é maior do que o necessário, que as exigências podem atender a necessidades que não condizem apenas com eficiência, mas com tantas outras. 
  5. Dispa-se das armaduras: Por que temos resposta para tudo? Por que precisamos resolver problemas imediatamente? Por que toda resposta que chega precisa de um retorno rápido? Por que a vontade de agradar, ser aceita ou ser valorizada passam à frente das palavras? Essas questões só revelam como vestimos muitas armaduras para nos comunicar e nos relacionar, por mais que pareça que não estamos vestindo tais armaduras. É curioso que, de tanto vesti-las, mal sentimos o peso ou mal conseguimos nos livrar delas. Mas quão leve e libertador é ser quem somos, ouvir as pessoas como elas estão, abrir espaço para o que há de mais humano: aprender, errar, compartilhar, colaborar.

Nota que as cinco práticas têm complexidades e instauram desafios diferentes. Experimente praticá-las e poderá colher mais eficiência e conexão nos mais distintos contextos comunicativos. Esse é o meu convite para este mês. Cabe a você aceitar ou não. 

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Fica a dica de linguagem: um simples “sim” (a um ou aos cinco convites) pode abrir caminhos incríveis de conexão consigo e com as pessoas a seu redor.

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