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Velho aos 30? Profissionais sofrem com etarismo cada vez mais cedo

Pesquisa mostra que 24% dos entrevistados de 30 a 39 anos já sofreram algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho

Por Redação
Atualizado em 27 jan 2023, 10h17 - Publicado em 7 nov 2022, 08h01
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    ma pesquisa inédita mostrou que o etarismo não acomete apenas profissionais acima de 40 anos. O levantamento, realizado pela Vagas.com, Colettivo e Talento Sênior com 6.200 candidatos em agosto deste ano, mostrou que 24% dos entrevistados de 30 a 39 anos já sofreram algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho por causa da idade. Profissionais na faixa de 40 a 49 anos, no entanto, continuam sendo os que mais sofrem, somando 56%, enquanto a parcela de 50 a 59 anos representa 18%. Profissionais com mais de 60 anos somaram 2%.

    Entre aqueles que já sofreram discriminação, 30% estavam em começo de carreira e 31% em nível pleno. Entre os seniores, o número foi de 17%; entre gerentes e diretores, 8%. Outros níveis contabilizaram 13%. Quase metade declarou ter escutado que pessoas de sua faixa etária têm dificuldade para lidar com tecnologia, 36% ouviram que profissionais mais velhos não estão dispostos a aprender novas habilidades e nem abertos a novas ideias; 32%; que não são tão produtivos; 31%, que não possuem ânimo ou resistência; e 31%, que seu salário é muito alto em comparação com o de profissionais jovens com funções equivalentes.

    A pesquisa também perguntou aos entrevistados se eles já testemunharam casos de etarismo com pessoas próximas. Do total da amostra, 42% responderam que sim, 33% disseram nunca ter presenciado e 25% ouviram relatos de pessoas próximas sobre o assunto.

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    Para melhorar os números, as empresas precisam de programas de inclusão para esses profissionais, afirma Cris Sabbag, diretora de diversidade da Talento Sênior. Entre as práticas mais indicadas, ela cita abrir vagas exclusivas para profissionais com 45 anos ou mais, eliminar atitudes etaristas desde a seleção, criar novos modelos de contrato e rotina de trabalho, promover ações educativas individuais e coletivas sobre o envelhecimento, estimular a convivência intergeracional e capacitar gestores e equipes para que não haja exclusão de currículos apenas com base na idade ou no tempo de experiência. “Se a longevidade média do ser humano se estendeu, nada mais natural que o mesmo aconteça com o seu prazo de disponibilidade para o mercado”, afirma.

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