E 16% deles trabalham informalmente. Os obstáculos que essas pessoas enfrentam para se inserir no mercado de trabalho são muitos, a começar com barreiras linguísticas e dificuldade na revalidação de diplomas. “Mas o preconceito ainda é o maior problema”, diz Renan Batistela, especialista em diversidade, equidade e inclusão da Vagas.
A empresa promove iniciativas para a capacitação de pessoas refugiadas, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Elas se juntaram a outras duas organizações – a ONG Visão Mundial e a empresa Belgo Arames – para investigar a experiência de 289 pessoas refugiadas no mercado de trabalho brasileiro.
O levantamento ainda mostrou que 44% dos respondentes acreditam que a discriminação é um problema significativo; 26% já sofreram discriminação no local de trabalho; e 12,5% acreditam ter sido eliminados em processos seletivos por xenofobia.
Batistela afirma que, muitas vezes, são profissionais excelentes com vasta experiência em seus países de origem. “Mas ainda existe pouco entendimento sobre quem são essas pessoas e por que elas estão aqui. Muitos recrutadores não entendem que elas têm documentos para trabalhar e podem ser contratadas como qualquer brasileiro.”