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Perdoar (e ser perdoado) é essencial para um bom ambiente de trabalho

O perdão está relacionado ao aumento da produtividade, à diminuição do absentismo e a menos problemas de saúde no escritório.

Por Luisa Costa
30 ago 2023, 17h17
imagem mostra dois homens apertando as mãos no escritório, em primeiro plano. no segundo plano, um trio de pessoas conversa
 (Freepik/Reprodução)
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Um colega de trabalho pisa na bola com você. Não cumpre a tarefa importante para a operação que está em suas mãos, rouba a sobremesa que você deixou na copa ou deixa escapar aquele seu podre numa conversa, bem na frente do chefe. Inadmissível. 

Você, então, decide que o dito-cujo não é digno de sua simpatia, guarda rancor pelo vacilo por semanas (ou meses) a fio e até planeja, silenciosamente, uma vingança. Somos todos humanos – atire a primeira pedra quem nunca esteve em uma situação do gênero. 

O problema é que guardar rancor não é ruim só para você, que gasta memória RAM com um acontecimento chato do passado, contaminando o presente. Não perdoar nem buscar um entendimento com seu colega pode prejudicar a comunicação, piorar a convivência e botar em jogo a eficiência no ambiente corporativo.

É o que defendem especialistas em inteligência emocional no trabalho, como Heloísa Capelas, autora do livro Perdão, A Revolução Que Falta. A capacidade de perdoar seu colega que pisou na bola seria um dos pilares essenciais para a construção e manutenção de um dia a dia emocionalmente saudável.

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Mas perdoar a si mesmo também é considerado uma atitude-chave para aceitar quem nós somos e aprimorar o autoconhecimento – que, aliado à empatia, à comunicação clara e à boa gestão de críticas, pode garantir um escritório mais equilibrado e funcional.

A jornada ESG é ampla nas empresas. Promover um ambiente que é saudável emocionalmente e, ao mesmo tempo, produtivo está colado às boas práticas [de gestão]”, afirma Capelas. “E o perdão é um grande aliado nesse processo.”

Alguns estudos apoiam o potencial do perdão. Em um deles, publicado em 2016, mais de 250 funcionários dos Estados Unidos responderam a questionários sobre bem-estar e produtividade. Resultado: o perdão esteve associado ao aumento da produtividade, à diminuição do absentismo e a menos problemas de saúde, como dores de cabeça.

Há também pesquisas que mostram que adotar o perdão em conflitos de trabalho pode impactar positivamente até quem não está envolvido na briga, porque isso pode estimular emoções positivas e vantajosas para a tomada de decisões e a qualidade dos relacionamentos no escritório.

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Por isso, é importante estar disposto a relevar o roubo de sobremesa – mas também assumir a responsabilidade por seus próprios erros, para incentivar o perdão alheio. 

Especialistas também defendem que líderes se esforcem para ser um modelo de perdão no trabalho e que os profissionais do RH conduzam intervenções para resolver conflitos ou invistam em iniciativas relacionadas à inteligência emocional. (Confira dicas para desenvolvê-las nessa matéria.)

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